quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Sem acordo, policiais federais mantêm greve

Sem acordo na reunião com o governo, a greve dos policiais federais deve continuar, pelo menos, até a próxima semana. Segundo Naziazemo Florentino Santos Junior, diretor da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) no Paraná, a maioria dos 27 sindicatos que compõem a federação já deram indicativo de continuar a paralisação. “Não podemos aceitar que o governo nos trate com desrespeito e ameaças. Isso só vai servir para acirrar os ânimos na instituição. Só vamos voltar a trabalhar quando decidirmos ou quando a justiça determinar”, afirma Santos.
Nesta quinta-feira, houve nova rodada de negociações com o Ministério do Planejamento. O órgão manteve a proposta de 15,8% de reajuste, diluído até 2015, no ritmo de 5% ao ano. “Nós não estamos querendo aumento de salário, pura e simplesmente. Temos que resolver algumas situações internas, reestruturar a carreira”, afirma o diretor.
Na reunião, o governo admitiu levar a proposta de reestruturação, defendida por agentes, peritos, escrivães e pessoal administrativo, para uma rodada de discussão com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. O ministro mandou um emissário, o assessor especial Marcelo Veiga, para a mesa de negociações, presidida pelo secretário de Relações do Trabalho do Planejamento, Sérgio Mendonça. Para o representante do sindicato no Paraná, contudo, a greve continua até o governo proponha uma solução concreta à categoria. “Para a gente, é indiferente este prazo de 30 de agosto, que é quando fecha o orçamento. Queremos reestruturação da carreira. Então, enquanto não formos ouvidos pelo governo, vamos continuar revendo e avaliando a paralisação”, afirma Santos.
Segundo o diretor, agentes, escrivães e papiloscopistas são carreiras enquadradas em uma tabela de ensino médio. A reivindicação é passar para uma tabela de nível superior. “Não conseguimos aceitar essa distorção”, diz.
Rigor Zero
Com a greve, os policiais devem manter a operação “Rigor Zero” no Aeroporto Afonso Pena. A emissão de passaportes também deve ficar prejudicada. A orientação é para que apenas as pessoas que já tinham agendado a emissão do documento compareçam ao local. Para quem não tem urgência, o conselho dos grevistas é para que aguarde um momento menos atribulado para procurar a emissão da identificação internacional. Para informações, o telefone de contato da PF é (41) 3251-7501.
A paralisação continua pelo menos até a próxima semana, quando uma nova reunião entre os 27 sindicatos avaliará os rumos do movimento

Forças Armadas atuam na demarcação de terra indígena Kayabi

Brasília, 21/08/2012 – Para salvaguardar a comunidade indígena Kayabi contra ilícitos, como garimpo ilegal e desmatamento, 150 militares das Forças Armadas (138 deles do Exército Brasileiro) atuaram na demarcação física de uma área de cerca de 1,053 milhão de hectares de extensão entre os municípios de Apiacás (MT) e Jacareacanga (PA).

Batizada de Operação Kayabi, a missão foi concluída na última quinta-feira (16) e contou com o apoio de aeronaves das três Forças, que somaram 160 horas/voo. A coordenação ficou sob responsabilidade do Comando Militar da Amazônia (CMA), com auxílio de técnicos da Diretoria de Serviço Geográfico (DSG) do Exército.

Além da equipe, a DSG juntou-se ao 53º Batalhão de Infantaria de Selva, localizado em Itaituba (PA), para disponibilizar meios materiais, entre eles equipamentos de topografia.

Segundo o gerente-técnico da operação, tenente coronel Marcis Gualberto Mendonça Junior, a demarcação “é um trabalho que o Exército já está acostumado a fazer há muitos anos”. Para ele, a única dificuldade da ação diz respeito à logística numa “área de mata primária”.

Durante 42 dias, aproximadamente 140 marcos divisores de limites foram implantados na região. Todo o trabalho teve acompanhamento de representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai).

De acordo com a Funai, a demarcação física é uma das etapas fundamentais para que os indígenas tenham a posse plena sobre o seu território tradicional e condições para se reproduzir física e culturalmente enquanto sociedade diferenciada.

Atualmente, cerca de 250 índios da etnia Kayabi vivem na terra indígena. Mas, segundo a fundação, com a demarcação pode ser que a população de outras áreas migre e aumente esse número.

Tratativas

O Ministério da Justiça já havia estabelecido, em 2 de outubro de 2002, os limites da terra indígena, conforme consta na Portaria nº 1.149.

Para cumprir a determinação e evitar que diferentes crimes ambientais viessem a ser cometidos na área, o governo federal e lideranças indígenas firmaram acordo no
final de outubro do ano passado e definiram a demarcação.

Irã anuncia pacote militar em resposta a Israel e aos EUA

O Irã disse ontem ter aumentado sua capacidade de defesa graças a novos mísseis de fabricação nacional e à construção de uma importante base destinada a repelir ataques aéreos contra o país.

Autoridades do regime anunciaram os supostos avanços militares durante a celebração do dia da indústria bélica nacional, numa clara advertência aos arqui-inimigos Israel e EUA, que podem bombardear o Irã.

O presidente Mahmoud Ahmadinejad e o ministro Ahmad Vahidi (Defesa) participaram em Teerã da cerimônia de apresentação oficial de uma versão atualizada do míssil Fateh-110, testado no mês passado.

Segundo militares, o artefato, cujo nome significa "conquistador" em farsi, é mais preciso e eficiente em condições climáticas adversas que versões anteriores.

Ao contrário de outros mísseis capazes, em tese, de atingir Israel, o Fateh tem alcance de 300 km -suficiente para destruir alvos americanos em países vizinhos.

"Não queremos [usar os mísseis] para a conquista e dominação de países vizinhos e do mundo", disse Ahmadinejad, insistindo em que os foguetes têm função de "dissuasão".

Ahmadinejad e Vahidi também acompanharam a apresentação de um lança-morteiros e de um avião que será usado, entre outras coisas, para testes antirradar e simulação de combate.

Em outra cerimônia, no sul do Irã, perto da cidade de Abadeh, autoridades participaram do início da construção de uma base de 200 hectares que será usada como epicentro da defesa antiaérea nacional. O local, que deverá abrigar 6.000 soldados, servirá para treinamento.

As manobras são vistas por analistas como demonstração de autoconfiança do Irã diante do risco de sofrer bombardeios contra seu programa nuclear, que pode ter fins militares, o que Teerã nega.
Embora seja amplamente considerado a única potência nuclear do Oriente Médio, Israel diz encarar o Irã como ameaça existencial. (
Agência de Notícias - Jornal de Floripa)

Tambores de Guerra - Ameaça de conflito no Irã é real, diz especialista

Na semana passada, vários membros do governo de Israel fizeram declarações duras sobre o Irã. Paralelamente, os departamentos de defesa e segurança israelenses se mostraram prontos para a guerra, divulgando pela primeira vez um eventual roteiro de suas operações militares.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, proclamou a questão iraniana como prioritária e prestou contas do trabalho realizado por seu governo no mês passado para “organizar a defesa do país”, informou jornal russo “Kommersant”.
O ministro do Interior israelense, Yitzhak Aharonovich, disse, por sua vez, que a polícia e os bombeiros também estão prontos. Já o ex-ministro da Defesa israelense, Matan Vilnai, afirmou que o conflito deve se resumir a um confronto de 30 dias em várias frentes (Irã, Faixa de Gaza e sul do Líbano) e que os sistemas de defesa antimíssil Iron Dome (Cúpula de Ferro) e Arrow irão defender seguramente a nação.
“Mas é difícil dizer em que medida essa guerra vai ser iraniano-israelense, porque os principais inimigos geopolíticas do Irã são as monarquias árabes [Bahrain, Kuwait, Qatar, Emirados Árabes Unidos, Omã e Arábia Saudita]”, afirma Evguêni Satanóvski.
Para ilustrar a situação, o especialista faz uma analogia simples com o barulho de trovão que antecede a tempestade. “E já está trovejando”, completa.
Possíveis roteiros
“É difícil prever se a guerra começará em setembro ou outubro, com um ataque israelense contra as instalações nucleares do Irã, ou no período entre janeiro e julho, isto é, entre as eleições presidenciais nos EUA e no Irã, com um golpe preventivo do Irã contra Israel”, observa Satanóvski.

As eleições presidenciais nos EUA serão realizadas em novembro deste ano, mas a posse do presidente eleito e a formação do governo acontecerão só em janeiro de 2013. No Irã, as votações estão previstas para junho de 2013.
Considerando os interesses do Irã no Paquistão, Afeganistão, África do Norte e nas regiões periféricas, a situação que está se desenvolvendo no mundo árabe e no resto do mundo leva inevitavelmente a uma guerra.
“Sem uma guerra será impossível ‘resolver’ quem é o líder no mundo islâmico, e principalmente no Golfo Pérsico”, explica o presidente do instituto. “O componente ideológico da Revolução Islâmica [no Irã], segundo o qual todo o mal no mundo vem de Israel que deve ser, portanto, destruído, conduziu o Irã a uma armadilha”, completa.
Satanóvski acredita ainda que os incessantes bombardeiros e atentados terroristas contra Israel têm sido orquestrados pelo Irã, e que as duas recentes guerras travadas por Israel teriam sido almejadas contra o Irã. “Para os israelenses, assim que o Irã obtiver uma arma de destruição em massa [o que pode acontecer no início de 2013], o aparato será usado contra eles”.
Segundo ele, as chances de Israel atacar o Irã sozinho são grandes, embora não descarte o envolvimento dos EUA.
“Os israelenses sabem que a chamada comunidade internacional, a ONU e outros organismos internacionais podem traí-los a qualquer momento. Por isso, apostam em suas próprias forças para garantir a segurança do país”, arremata.

E a Rússia, como fica?
Nesse contexto, a Rússia irá simplesmente assumir o papel de observador e conselheiro. Por outro lado, o país deve se preparar para fluxo de refugiados iranianos pelas regiões de Ástrakhan e Daguestão ou até mesmo pelo Azerbaijão e Armênia.
Há o risco, porém, de algum integrante da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã tentar estabelecer uma situação semelhante à do sul do Líbano no Cáucaso Setentrional. “Isso pode acontecer em dois ou três meses”, afirma Evguêni Satanóvski.
Paralelamente, o preço do petróleo irá subir. Ainda de acordo com o cientista, o conflito armado com o Irã “poderá reduzir sua participação no projeto de construção do gasoduto Nabucco, que contorna o território russo”. Isso será do interesse da Rússia, que está empenhada em promover seu gasoduto Corrente do Sul

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Advogado de Dirceu minimiza atraso do julgamento do mensalão

No intervalo da sessão, o advogado Márcio Thomaz Bastos foi cercado por jornalistas. Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil No intervalo da sessão, o advogado Márcio Thomaz Bastos foi cercado por jornalistas
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil


Fernando Diniz

Responsável pela defesa do ex-ministro José Dirceu, o advogado José Luiz Oliveira Lima minimizou o atraso no julgamento do mensalão, que teve início nesta quinta-feira. Por causa de uma questão de ordem que pedia o desmembramento do processo, o Supremo Tribunal Federal (STF) não conseguiu dar início à leitura da acusação e transferiu a exposição do procurador-geral da República para amanhã.
"Não é um grande atraso, é de apenas um dia. Hoje o Supremo debateu uma tese importante, que foi levantada pelo (advogado) Márcio Thomaz Bastos. O fato de só amanhã o relator ler a denúncia, eu não acho que tenha um grande atraso no julgamento", disse o advogado, que faria sua sustentação oral nesta sexta-feira, caso não houvesse atraso.
A questão de ordem, que livraria 35 dos 38 réus do julgammento pelo STF , foi indeferida por nove dentre os 11 ministros, sendo acolhida apenas pelo revisor, Ricardo Lewandowski, e por Marco Aurélio Mello. A discussão - que gerou bate-boca entre Lewandowski e o relator da ação, Joaquim Barbosa - tomou mais de três horas da primeira sessão do julgamento e foi seguida por um intervalo de 30 minutos. No retorno, houve tempo apenas para Barbosa ler um relatório resumido sobre o caso.
Amanhã, Gurgel deve ler a acusação durante cinco horas. Com o tradicional intervalo no meio da tarde, as sustentações orais dos advogados só devem começar na próxima segunda-feira.
O atraso torna mais improvável a possibilidade de Cezar Peluso votar no julgamento do mensalão. Como o ministro se aposenta compulsoriamente no dia 3 de setembro, é possível que o cronograma não o favoreça, já que é um dos últimos na ordem de votação.
O mensalão do PT
Em 2007, o STF aceitou denúncia contra os 40 suspeitos de envolvimento no suposto esquema denunciado em 2005 pelo então deputado federal Roberto Jefferson (PTB) e que ficou conhecido como mensalão. Segundo ele, parlamentares da base aliada recebiam pagamentos periódicos para votar de acordo com os interesses do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Após o escândalo, o deputado federal José Dirceu deixou o cargo de chefe da Casa Civil e retornou à Câmara. Acabou sendo cassado pelos colegas e perdeu o direito de concorrer a cargos públicos até 2015.
No relatório da denúncia, a Procuradoria-Geral da República apontou como operadores do núcleo central do esquema José Dirceu, o ex-deputado e ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares, e o ex- secretário-geral Silvio Pereira. Todos foram denunciados por formação de quadrilha. Dirceu, Genoino e Delúbio respondem ainda por corrupção ativa.
Em 2008, Sílvio Pereira assinou acordo com a Procuradoria-Geral da República para não ser mais processado no inquérito sobre o caso. Com isso, ele teria que fazer 750 horas de serviço comunitário em até três anos e deixou de ser um dos 40 réus. José Janene, ex-deputado do PP, morreu em 2010 e também deixou de figurar na denúncia.
O relator apontou também que o núcleo publicitário-financeiro do suposto esquema era composto pelo empresário Marcos Valério e seus sócios (Ramon Cardoso, Cristiano Paz e Rogério Tolentino), além das funcionárias da agência SMP&B Simone Vasconcelos e Geiza Dias. Eles respondem por pelo menos três crimes: formação de quadrilha, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
A então presidente do Banco Rural Kátia Rabello e os diretores José Roberto Salgado, Vinícius Samarane e Ayanna Tenório foram denunciados por formação de quadrilha, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro. O publicitário Duda Mendonça e sua sócia, Zilmar Fernandes, respondem a ações penais por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O ex-ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) Luiz Gushiken é processado por peculato. O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato foi denunciado por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) responde a processo por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A denúncia inclui ainda parlamentares do PP, PR (ex-PL), PTB e PMDB. Entre eles o próprio delator, Roberto Jefferson.
Em julho de 2011, a Procuradoria-Geral da República, nas alegações finais do processo, pediu que o STF condenasse 36 dos 38 réus restantes. Ficaram de fora o ex-ministro da Comunicação Social Luiz Gushiken e do irmão do ex-tesoureiro do Partido Liberal (PL) Jacinto Lamas, Antônio Lamas, ambos por falta de provas.

Maluf deve acompanhar Haddad em primeiro debate em SP

Embora o PT tenha buscado se afastar da imagem do deputado federal, Maluf pode comparecer no debate. Foto: Léo Pinheiro/Terra Embora o PT tenha buscado se afastar da imagem do deputado federal, Maluf pode comparecer no debate
Foto: Léo Pinheiro/Terra

O ex-prefeito Paulo Maluf (PP) deve comparecer ao primeiro debate entre os candidatos à prefeitura de São Paulo que acontece nesta quinta-feira, na TV Bandeirantes. Segundo a assessoria de imprensa do deputado, pelo menos essa era a vontade de Maluf até a tarde: representar o PP, que apoia a candidatura de Fernando Haddad (PT).
O PT tem tentado desvincular a imagem do ex-prefeito da aliança em São Paulo, após a ruidosa repercussão da foto entre Maluf, Haddad e o ex-presidente Lula. "Não iremos fulanizar o debate, o PT fez aliança com o PP e não com o Paulo Maluf", afirmou Haddad durante campanha no mês passado.

Rebeldes sírios já têm armas pesadas, confirma diretor da ONU

O diretor do departamento das forças de paz da Organização das Nações Unidas, Hervé Ladsous, confirmou nesta quinta-feira que os rebeldes sírios possuem armas pesadas, embora, segundo ele, a ONU não tenha prova de que elas tenham sido usadas contra forças do governo.
"Nós sabemos que a oposição, de fato, tem armas pesadas", disse Ladsous, que é subsecretário-geral para Operações de Paz, em declaração a jornalistas. Ele não deu detalhes sobre qual seria a origem das armas, mas afirmou que o arsenal inclui tanques e veículos blindados de transporte de pessoal.
Autoridades da ONU e diplomatas dizem que os rebeldes se apoderaram das armas dos soldados sírios que eles sobrepujaram em áreas do país onde assumiram o controle.
Ladsous afirmou não ter provas de que os rebeldes tenham usado as armas contra as forças sírias. O presidente Bashar al-Assad vem recorrendo ao Exército há 17 meses para tentar sufocar o levante contra seu governo.

Síria acusa Turquia de enviar terroristas para guerra no país

A Síria acusou nesta quinta-feira a Turquia de exercer um "papel fundamental" no apoio ao terrorismo por abrir seu aeroporto e sua fronteira à Al Qaeda e a outros militantes islâmicos para promover ataques dentro da Síria.
Aliados no passado, a relação dos dois países rapidamente se deterioraram com a intensificação da repressão do presidente Bashar al-Assad ao levante contra o seu governo, que já dura 17 meses.
O primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan, pediu que Assad renuncie e montou um acampamento de refugiados ao longo da fronteira para abrigar milhares de sírios em fuga.
Diversos oficiais militares desertaram para a Turquia e o comandante do Exército de Libertação Síria, um grupo de insurgentes que combate as forças de Assad, também está baseado ali.
"O governo turco exerce um papel fundamental no apoio ao terrorismo ao abrir seu aeroporto e suas fronteiras para abrigar elementos da Al Qaeda, jihadistas e salafistas", afirmou o Ministério das Relações Exteriores da Síria em um comunicado veiculado na televisão estatal.
"O governo turco estabeleceu em seu solo escritórios militares onde agências de inteligência israelenses, americanas, catarianas e sauditas dirigem os terroristas na guerra contra o povo sírio", disse o comunicado.
O governo sírio também acusou a França e os Estados Unidos de enviar equipamento de comunicação aos rebeldes.
Fontes norte-americanas dizem que o presidente Barack Obama assinou uma ordem secreta autorizando o apoio dos EUA aos rebeldes que tentam depor Assad.
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segunda-feira, 30 de julho de 2012

Capital privado reforça poderio do exército chinês

O ELP não se pode queixar de falta de financiamento. Nos últimos tempos, o orçamento de defesa aumentou anualmente em mais de 10%, tendo este ano, o aumento da despesa com a defesa sido de 11%. Os gastos da China com a defesa continuam a crescer mais que o PIB. Pequim continua a considerar como prioritário o aumento do poderio militar do ELP, não só não olhando a despesas como também buscando novas fontes de financiamento dos programas de defesa. Desse ponto de vista, é bastante lógico o nivelamento dos direitos dos investidores privados relativamente às empresas estatais que trabalham no setor da defesa.
Agora as empresas privadas terão o direito a participar na conceção e fabrico de armamento, assim como na restruturação das empresas de defesa estatais. Mais tarde será elaborada a lista do armamento em cuja conceção e produção poderão ser utilizados os meios de investidores privados. Entretanto, a resolução ressalva que o acesso a esse setor só estará aberto a investidores da China continental. Até agora eles só podiam fornecer componentes e alguns materiais à indústria de defesa sem participar nos grandes projetos.
Neste momento a China tem em curso uma série de projetos importantes que incluem a criação de novos aviões de combate, a construção de porta-aviões e outros navios de guerra, o desenvolvimento do programa espacial e o reforço das capacidades do exército na guerra moderna das informações com a ajuda de redes informáticas. O acesso do capital privado à indústria de defesa dará ao ELP capacidades acrescidas para um rearmamento tecnológico, considera o perito militar russo Igor Korotchenko:
“É evidente que na nova etapa de desenvolvimento se irão abrir as portas para que o capital privado possa se associar ao cumprimento das tarefas mais importantes da defesa nacional. É preciso sobretudo ter em conta que a exportação de armamento chinês está a crescer de forma ativa em todos os segmentos. Os novos investimentos irão permitir desenvolver as melhorias militares para atribuir ao ELP capacidades acrescidas para a projeção de força e defesa dos interesses nacionais do Império Celestial.”
Segundo os peritos da empresa de análises estadunidense IHS Jane’s, nos próximos cinco anos o orçamento de defesa da China irá duplicar. A análise foi efetuada sem considerar os investimentos privados: se trata só dos gastos com a defesa a serem aprovados. As despesas chinesas com a defesa irão aumentar à medida que Pequim for modernizar os seus caças e outro material militar. Os peritos associam o aumento das despesas com a crescente atividade militar dos EUA na Região da Ásia e Pacífico (RAP) o que, na opinião da China, ameaça os seus interesses estratégicos.

Dilma mantém distância do mensalão e se ocupa com Mercosul

Enquanto petistas e tucanos trocaram farpas por causa do julgamento do mensalão, a presidente Dilma Rousseff procurou manter distância do assunto. Nesta segunda-feira (30), a presidente se dedicou à reunião de cúpula do Mercosul e a encontros com ministros para preparar a agenda positiva do governo que será lançada entre agosto e setembro.
Nesta terça-feira, Dilma comanda a reunião do Mercosul, com a presença dos presidentes Cristina Kirchner (Argentina), José Mujica (Uruguai) e Hugo Chávez (Venezuela), para confirmar a adesão da Venezuela ao bloco. No meio da tarde desta segunda-feira, Dilma se reuniu com o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia. À noite, ela poderá se encontrar com Chávez. Pela manhã, a presidente se reuniu com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, com o ministro da Secretaria Geral, Gilberto Carvalho, e com o interino da Fazenda, Nelson Barbosa.
 

Sesa confirma mortes por Gripe A em Campo Mourão e Marilena

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou mais oito mortes ocasionadas pela Gripe A no Paraná. De acordo com o boletim divulgado na tarde desta segunda-feira (30), três casos ocorreram na última semana em Campo Mourão (na região Centro-Oeste), Marilena (no Noroeste) e Marmeleiro (no Sudoeste).
As outras cinco mortes registradas aconteceram em semanas anteriores e foram confirmadas tardiamente, pois o encerramento do caso dependia de exames complementares. “Como aconteceu nas semanas anteriores, neste informe também registramos mortes em pacientes com comorbidades ou que procuraram o serviço de saúde tardiamente”, explica o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, em entrevista ao site da Sesa.
Desde a divulgação feita na semana passada, foram confirmados 88 novos casos da doença no Paraná. Ao longo deste ano, o estado teve 986 casos e 33 mortes no Paraná por influenza A (H1N1).
Segundo levantamento feito pela Sesa, 70% das mortes por influenza A (H1N1) ocorridas em 2012 foram de pacientes que tinham doenças pré-existentes, como cardiopatia crônica, doença mental, pneumopatia e diversos tipos de cânceres.
Os números do Paraná são os menores entre os estados da região Sul. Santa Catarina registra 741 casos e 72 mortes e o Rio Grande do Sul tem 340 casos graves e 47 mortes.
240 mil doses foram distribuídas
A Sesa informou que no último sábado (28) o Paraná recebeu mais 240 mil doses da vacina e que este material já está sendo repassado aos municípios. Mais 160 mil doses deverão chegar ao Estado ainda nesta semana.
A vacina é a mesma oferecida durante a campanha de vacinação de maio e protege contra os três vírus influenza que mais circulam no país: Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B.

Palestinos criticam Romney por chamar Jerusalém de "capital de Israel"

RAMALLAH, Cisjordânia, 30 Jul(Reuters) - Os palestinos acusaram o candidato republicano à Presidência dos EUA, Mitt Romney, nesta segunda-feira de minar as perspectivas de paz ao chamar Jerusalém de "capital de Israel", ignorando as suas próprias reivindicações sobre a cidade e boa parte da opinião mundial.
Romney usou o termo no domingo, recebendo aplausos da plateia israelense na Cidade Santa, durante uma viagem para se apresentar como principal aliado de Israel antes da disputa eleitoral de 6 de novembro contra o presidente norte-americano, Barack Obama.
"Condenamos as suas declarações. Aqueles que falam sobre a solução de dois Estados devem saber que não pode haver Estado palestino sem Jerusalém Oriental", disse o chefe negociador palestino, Saeb Erekat, à Reuters nesta segunda-feira.
"O que este homem está fazendo aqui é apenas promover o extremismo, a violência e o ódio, e isso é absolutamente inaceitável", afirmou ele. "Suas declarações estão apenas recompensando a ocupação e a agressão".
Israel tomou Jerusalém Oriental durante a guerra de 1967. A Resolução do Conselho de Segurança da ONU condena uma lei israelense de 1980 que declarou Jerusalém a capital "completa e indivisível" do país como uma violação do direito internacional.
A maioria dos países, incluindo Estados Unidos, não reconheceu a declaração de Israel e manteve suas embaixadas na cidade costeira de Tel Aviv.
Candidatos presidenciais norte-americanos anteriores, incluindo o então senador Obama em junho de 2008, referem-se a Jerusalém como capital de Israel antes das eleições, apenas para voltar atrás quando assumem o poder e sugerir que a questão deve ser resolvida por negociações.
Um assessor do presidente palestino, Mahmoud Abbas, Nabil Abu Rdeineh, disse que as declarações de Romney eram inúteis, ficavam no caminho de um acordo de paz e "contradiziam as posições anteriores mantidas pelo governo norte-americano".
O secretário-geral da Organização de Libertação da Palestina (OLP), Yasser Abed Rabbo, disse que "os formuladores de política norte-americanos devem abandonar a hipocrisia e parar de tentar ganhar votos à custa dos direitos do povo palestino".

Putin promete reforçar forças nucleares navais do país

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, supervisionou o início da construção de um submarino nuclear de nova geração e prometeu reforçar as forças nucleares navais do país, principalmente para proteger os interesses russos na região do Ártico, rica em petróleo.
Putin comandou a cerimônia de início da construção do submarino Príncipe Vladimir, cujo nome homenageia o fundador do Estado precursor da Rússia moderna. Esse será o quarto submarino da classe Borei, projetado para transportar um dos mais novos e poderosos mísseis nucleares intercontinentais do país, o Bulava (clava)
"Acreditamos que nosso país deveria manter seu status como uma das principais potências navais", disse Putin a comandantes militares e funcionários do governo no estaleiro Sevmash, no norte da Rússia. "Antes de mais nada, estamos falando no desenvolvimento da parte naval das nossas forças estratégicas nucleares, e o papel da Marinha em manter nossa paridade nuclear estratégica."
Putin está empenhado em fazer dos submarinos e dos mísseis transportados por eles a parte central da Marinha russa, que receberá quase um quarto dos 20 trilhões de rublos (cerca de 620 bilhões de dólares) a serem gastos até o final da década.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Irã prepara lançamento novos sistemas militares, diz ministro


O ministro da Defesa do Irã, Ahmad Vahidi, disse hoje (25) que o país está preparado para lançar dois novos sistemas militares. O militar não deu detalhes, mas explicou que a linha de produção iraniana tem 'alta precisão''e envolve mísseis e hidroaviões. O Irã é alvo de suspeitas da comunidade internacional que desconfia da produção de armas atômicas no país.
Porém, as autoridades iranianas negam a produção de arsenal atômico na região. De acordo com as autoridades do Irã, o programa nuclear tem o objetivo de produzir material para fins pacíficos. No entanto, a comunidade internacional não confia nas informações e adotou sanções ao Irã. As restrições incluem sanções comerciais, financeiras, econômicas e militares.
"Nos últimos anos, o Irã tem feito avanços importantes no setor de defesa e alcançado a autossuficiência na produção de equipamentos e sistemas militares", disse o ministro. Segundo ele, o governo se preocupa em assegurar o sistema militar do Irã como meio de garantir segurança em caso de ameaças.

PT e PCdoB criam no Brasil comitê para apoiar reeleição de Chávez

 O PT e o PCdoB, com apoio de movimentos sociais e sindicais, anunciaram na noite desta terça-feira a criação de um comitê para apoiar à reeleição do presidente venezuelano Hugo Chávez. Em ato que aconteceu na sede do partido comunista, em São Paulo, integrantes de ambos e partidos leram um manifesto para prestar "solidariedade e realizar atividades para difundir e alertar o mundo sobre o plano da direita".
A secretaria de relações internacionais do PT, Loli Ilíada, explica que o objetivo é evitar que o concorrente de Chávez nas eleições venezuelanas, Henrique Caprilles Randonski, se apresente como um candidato ligado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Até essas eleições anteriores, o alinhamento da oposição (de Chávez) com os Estados Unidos era muito claro. Só que existe na Venezuela, como existe em grande parte da América Latina, um sentimento contrário aos Estados Unidos. Por isso, a tática agora é pouco distinta. É não se apresentar como alguém vinculado aos Estados Unidos, mas como alguém vinculado a setores importantes do Brasil. O comitê pode ir desmontando essa articulação", defendeu.
Apesar de ter Chávez ter contratado como marqueteiro político o petista João Santana, responsável pelas campanhas de Lula e da presidente Dilma Rousseff, Ioli nega que o comitê seja parte da estratégia de Santana para levar Chávez à vitória
"Na verdade, nós debatemos essa necessidade num encontro que realizamos agora na Venezuela. Discutimos essa necessidade não só no caso venezuelano, mas no caso paraguaio também. Então isso tem mais a ver com articulação política do que com jogado de marketing. Isso eu posso te garantir", argumentou.
Ainda assim, durante a leitura do manifesto, integrantes do comitê prometeram atrapalhar o sono de Capriles, caso ele venha para o Brasil em busca de apoio. "Se o Capriles vier vai ter escracho contra ele", gritou uma das lideranças do Levante Popular da Juventude, movimento que usou organizou recentemente uma série de manifestações na frente da casa de militares, acusados de tortura durante a ditadura militar.
A próxima reunião do comitê está marcada para o próximo dia 31 de julho, quando o próprio presidente venezuelano deve desembarcar em Brasília, por conta da entrada da Venezuela no Mercosul.
Além de PCdoB e PT, a Central Única de Trabalhadores (CUT), o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e a União Nacional dos Estudantes (UNE) também fazem parte do grupo que irá coordenar as ações do comitê.

Maior sindicato de docentes rejeita oferta sobre novo reajuste.

Até a próxima segunda-feira (30), as assembleias darão uma resposta para os novos termos colocados na mesa. Nesta quarta-feira (25), segundo o Andes, a Universidade Federal de Pelotas e a Universidade Rural do Rio de Janeiro já votaram pela rejeição ao documento.
O Proifes (Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior), sindicato que representa sete instituições, adotou postura contrária e recomendou a aprovação do reajuste. Além do aumento salarial - o impacto total da oferta subiu de R$ 3,9 bilhões para R$ 4,18 bilhões - o governo sugeriu retirar do texto alguns critérios para progressão na carreira. Esses itens seriam discutidos em grupo de trabalho, composto por reitores e representantes das entidades.
O Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica) seguiu postura semelhante ao do Andes - a entidade representa a maioria dos 38 institutos federais tecnológicos. O coordenador-geral do sindicato, Gutenberg de Almeida, afirma que pouco mais da metade dos professores dos institutos são graduados ou especialistas, e portanto não seriam beneficiados pelos maiores reajustes, concedidos aos docentes com maior titulação.
"É um perfil bem diferente das universidades. A nossa rede não é atingida pelos percentuais que o governo está divulgando", afirma. Além disso, ele afirma ser "impensável" assinar uma proposta que não prever reajuste para os técnicos administrativos das instituições, também em greve.

Operação no Lago de Itaipu marca inauguração do Batalhão de Fronteira

Começou a operar ontem o Batalhão de Fronteira, instalado em Marechal Cândido Rondon, Oeste do estado. Inicialmente formado por um efetivo de 100 policiais, o Batalhão terá papel similar ao que já foi ocupado pela Força Alfa, criada no governo Roberto Requião e desativada. Na época foram investidos mais de R$ 5 milhões para equipar a corporação.
A Operação Fronteira, desencadeada entre Altônia e Foz do Iguaçu, com foco no Lago de Itaipu, marcou o início dos trabalhos do batalhão. A ação vai durar cerca de 60 dias e terá apoio da Polícia Federal (PF), Receita Federal do Brasil (RF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Civil e Militar. O Batalhão de Operações Especiais (Bope) também irá se integrar a operação.
O batalhão irá atender 139 municípios da região fronteiriça do Paraná com os vizinhos Argentina e Paraguai. Em dois anos, o governo pretende ampliar para 500 o número de policiais e criar duas companhias, em Guaíra e Santo Antônio do Sudoeste. Nesta primeira fase, foram disponibilizadas 18 viaturas, 12 caminhonetes camufladas e seis motocicletas para o batalhão.
O Secretário de Segurança Pública Reinaldo de Almeida César alega que o Batalhão é um projeto previsto em uma lei de 1998 que não foi cumprida.

Irã acusa Israel de tramar atentado na Bulgária

Uma semana depois de o país ter sido acusado por ser o responsável pelo atentando suicida que matou cinco turistas israelenses na Bulgária, o embaixador do Irã na Organização das Nações Unidas (ONU) revidou e acusou Israel de promover o ataque. A explosão aconteceu em um ônibus estacionado junto ao aeroporto da cidade turística de Burgas, no litoral do mar Negro. O motorista do ônibus, búlgaro, também morreu, e mais de 30 pessoas ficaram feridas.
"É incrível que poucos minutos depois do ataque terrorista autoridades israelenses tenham anunciado que o Irã estava por trás dele", disse o diplomata Mohammad Khazaee num debate do Conselho de Segurança sobre o Oriente Médio. "Nunca nos envolvemos nem nos envolveremos numa tentativa tão desprezível contra gente inocente".
Minutos depois do atentado, Israel atribuiu o atentado ao Irã e ao grupo xiita libanês Hezbollah. O embaixador de Israel na ONU, Haim Waxman, afirmou haver impressões digitais deixadas pelo Irã na trama do atentado e também em dezenas de outros recentes planos terroristas dos últimos meses no mundo todo.
Alguns analistas dizem que o Irã poderia estar tentando vingar as mortes de vários cientistas seus envolvidos no polêmico programa nuclear do país, crimes pelos quais Teerã culpa os Estados Unidos e Israel. Diplomatas israelenses sofreram várias tentativas de atentado nos últimos meses, também atribuídos por Israel ao Irã. "Chegou a hora de o mundo pôr um fim a essa campanha de terror, de uma vez por todas", disse Waxman.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Base marítima no Golfo Pérsico revela nova tática de guerra dos EUA

Antigo navio de guerra renasceu como base flutuante e chegou ao Bahrein para servir de apoio a operações militares e integrar presença das forças americanas na região


Foto mostra o USS Ponce chegando a águas do Bahrein (4/7) - Foto: NYT

Um dos mais antigos navios de transporte da Marinha, agora convertido em uma de suas mais recentes plataformas de guerra, chegou ao Bahrein na semana retrasada para integrar a presença cada vez mais imponente das forças dos Estados Unidos no Golfo Pérsico, destinada a intimidar o Irã.
O Ponce foi inaugurado em 1966 e seria destruído ao se aproximar do fim de sua vida útil. Mas ele renasceu como uma base flutuante para servir de apoio a importantes operações militares em toda a região - o mais recente exemplo da maneira como os EUA planejam suas táticas de guerra.

A primeira missão do Ponce foi projetada para ser sigilosa e defensiva, para servir como um centro de operações para a remoção de minas do Estreito de Ormuz, um contra ataque à ameaça de Teerã de fechar o canal. Assim, o Ponce servirá como uma plataforma para a decolagem e pouso de helicópteros, uma base para as equipes de mergulho submarino e uma estação de serviço de fornecimento de combustível e manutenção para os navios de varredura de minas.
Mas com a adição relativamente simples de um quartel modular no convés, o Ponce também pode servir como uma base móvel para centenas das forças Operações Especiais responsáveis por missões como resgate de reféns, combate ao terrorismo, reconhecimento, sabotagem e ataques diretos. Mesmo com a adição do quartel, há bastante espaço para os helicópteros e os pequenos barcos que podem ser utilizados pelos soldados.
Aliados e amigos são importantes, mas eles podem vetar missões americanas iniciadas de bases em seu território. O Ponce opera em águas internacionais. Surpresa e velocidade são fundamentais para o êxito militar e o Ponce pode navegar perto de áreas de conflito. Além disso, ter a capacidade de realizar diferentes missões de diferentes ramos das Forças Armadas é mais valioso do que ter uma plataforma de armas que faz apenas uma coisa para um específico setor das Forças Armadas.
Teerã
Os líderes iranianos veem o Ponce de forma diferente, é claro, e atacaram o posicionamento do navio pelos EUA acusando Washington de montar uma esquadra militar provocadora. (Os reforços americanos também incluem a duplicação de caça-minas para oito e a adição de um caça da Força Aérea e alguns jatos na região.) Um comandante da Guarda Revolucionária Iraniana chegou a ameaçar dizendo que seu país responderia às ações militares americanas aumentando o número de mísseis em seu arsenal que possam colocar em risco os navios de guerra americanos e bases aliadas na região.
A Marinha está convencida de que as capacidades do Ponce são essenciais para futuras operações militares e propôs que o Congresso prossiga com um plano de quatro anos e US$ 1,2 bilhões para a construção de dois navios dedicados exclusivamente a servir como "bases avançadas temporárias”. Allison F. Stiller, secretário adjunto da Marinha para programas de navios, disse que os dois navios, agora em construção, foram os primeiros construídos especificamente para esse tipo de serviço.

O primeiro dos novos navios deve ficar pronto até 2015 e o segundo um ano depois, caso o Congresso aprove o orçamento.
Plataforma
Durante décadas, os militares utilizaram diversos tipos de navios de guerra e navios de serviço como plataformas para operações de preparo, seja durante suas campanhas de ataque no pacífico na Segunda Guerra Mundial ou em rios na Guerra do Vietnã. Em um exemplo mais recente, a Marinha esvaziou o porta-aviões Kitty Hawk antes da invasão do Afeganistão em 2001 e o transformou em uma base para as forças de operações especiais para os ataques contra alvos do Taleban.
A ideia de criar uma frota dedicada para servir como bases flutuantes ganhou força na década de 90, quando os militares não tinham muitas missões após o colapso do comunismo e procuraram maneiras de operar de forma independente perto das áreas contestadas.
Para acomodar as diferentes missões de diferentes ramos militares a bordo da base flutuante, os navios serão equipados com um hangar de helicóptero na plataforma e portais de acesso para pequenas e rápidas embarcações. Um pequeno hospital e um centro de purificação de água também estão a bordo do navio.
Autoridades do Pentágono e da Marinha notaram que a busca por uma base de preparação foi acelerada e finalmente se tornou uma realidade devido à pressão de oficiais superiores no Comando Central e do Comando de Operações Especiais.
"As operações atuais são indispensáveis para proteger as linhas de comunicação marítimas mapeando e neutralizando minas marítimas", disse o tenente-coronel T.G. Taylor, porta-voz do Comando Central. "As minas não discriminam suas vítimas e precisam de uma forte resposta para garantir a segurança de todas as embarcações marítimas."
*Por Thom Shanker

Tribunal do Mercosul acata ação contra suspensão do Paraguai

O Tribunal de Revisão do Mercosul acatou a ação promovida pelo governo do Paraguai contra a suspensão do país decidida durante a última cúpula do Bloco, na cidade argentina de Mendoza, informou a agência estatal (IPP), que cita fontes da Chancelaria.
Após acatar a ação, o tribunal com sede em Assunção tem seis dias para pronunciar a sentença, disse à IPP Ernesto Velázquez, assessor jurídico da Chancelaria paraguaia.
Velázquez destacou que a análise do caso ficará a cargo dos juízes José María Gamio (Uruguai), Carlos María Correa (Argentina), Roberto Ruiz Díaz, (Paraguai), Wilber Barral (Brasil) e Jorge Luis Fontoura (Brasil).
Caso o tribunal decida a favor do governo do Paraguai, a decisão de suspender o país do Mercosul ficará sem efeito, explicou um funcionário da IPP. "Se a sentença for negativa, o Paraguai se reserva o direito de recorrer a outras instâncias internacionais".
Brasil, Argentina e Uruguai decidiram na cúpula do Mercosul de Mendoza, em 29 de junho passado, suspender a Paraguai do bloco devido ao processo sumário de destituição do presidente Fernando Lugo.
Na mesma ocasião, os três países aprovaram o ingresso da Venezuela como membro pleno do Bloco, cuja incorporação era bloqueada pelo Congresso paraguaio.
Em sua ação no Tribunal Permanente do Mercosul, o Paragual afirma que não ocorreu qualquer quebra da ordem institucional porque o impeachment de Lugo respeitou a Constituição do país.

PMDB negocia fusão com seis partidos, diz Raupp

Presidente do PMDB, o senador Valdir Raupp (RO), disse nesta terça-feira (17) que o partido discute uma fusão com seis legendas. Ele não quis antecipar os nomes das siglas envolvidas nas negociações, mas afirmou que as conversas serão aceleradas no fim das eleições municipais de outubro e devem ser concluídas já em 2013.
"A possibilidade de fusão é praticamente real. Nós estamos conversando com meia dúzia de partidos. Isso não quer dizer que a fusão será com os seis, talvez sejam dois, três", disse.
 O DEM é o partido com tratativas mais avançadas com o PMDB, mas o resultado das urnas será decisivo para uma definição dos partidos sobre a fusão.
Raupp afirmou que há uma insatisfação generalizada com o número de partidos no país. "Está havendo desconforto de vários partidos com essa pulverização de partidos. Hoje são 30 partidos disputando eleições. Esse número é excessivo. Estou sabendo que igrejas tão querendo criar novos partidos. Em 2014, podem criar mais meia dúzia de partidos, vai virar uma torre de babel, com todo respeito à democracia", disse.
Na avaliação do peemedebista, a fusão pode "fortalecer os partidos políticos".
Eleições municipais
Segundo o presidente do PMDB, a meta do partido é eleger 1.200 prefeitos na disputa de outubro. Dados do partido indicam que são 2.292 candidaturas de peemedebistas a prefeituras, 1.700 de vice-prefeitos e 41 mil de vereadores. Hoje, o partido lançou um novo site, com integração com redes sociais.
Raupp, inclusive, se licenciou hoje do mandato de senador por quatro meses para se dedicar às eleições. Vai visitar Estados par acompanhar o desenvolvimento das candidaturas.
Congresso
Sobre a eleição do futuro comando da Câmara e do Senado, ele disse que a candidatura do líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), para a presidência não corre risco e que no Senado a tendência é que o nome seja do PMDB. Ele não quis falar os nomes dos possíveis candidatos.
O ministro Edison Lobão (Minas e Energia), que conta com simpatia da presidente Dilma Rousseff, e o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), são cotados.
"Não é a primeira vez que o partido vai comandar Câmara e Senado e não vejo nada demais PMDB voltar a ter as duas presidências."

LDO é aprovada sem previsão de reajuste para servidores

O Congresso aprovou nesta terça-feira (17) a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2013 sem prever reajuste para servidores nem para aposentados que recebem mais de um salário mínimo. O texto segue para sanção presidencial. Com isso, a partir desta quarta-feira (18), os parlamentares entram em recesso até o dia 31 de julho.
O parecer do senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) atende ao governo ao não prever reajuste para servidores. A solução encontrada foi deixar uma brecha para que o Executivo negocie com esses setores possíveis reajustes a serem incluídos na Lei Orçamentária Anual, que será entregue em agosto ao Congresso.
Sem aval do Planalto, Valadares ainda incluiu no chamado Anexo de Metas, uma lista de obras prioritárias no valor de R$ 11 bilhões.
Para liberar a votação, ele cedeu aos oposicionistas e retirou a previsão para que o governo pudesse investir no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e nas estatais, mesmo se o orçamento não for aprovado até 31 de dezembro pelo Congresso.
O governo sempre tenta incluir essa manobra, mas acaba derrotado. Portanto, se a peça orçamentária não for concluída por deputados e senadores, o governo só continua podendo gastar com o custeio da máquina.
O Planalto não conseguiu emplacar regras mais flexíveis para a fiscalização de obras de estatais e empresas de capitais misto.
A Comissão de Orçamento chegou a aprovar a medida, que foi derrubada pelo plenário. A ideia era que elas não tivessem mais que apresentar justificativas aos órgãos de controle se não seguirem os preços das tabelas oficiais desde que seguissem seu regime diferenciado. A proposta beneficiaria Petrobras e Eletrobas, especialmente.
Permaneceu no texto a determinação para que estatais e empresas mistas tenham que divulgar salários.
Mesmo com o mercado diminuindo a previsão de crescimento da economia, o texto manteve os índices macroeconômicos.
O crescimento permanece em 5,5% do PIB, o superavit primário chega a R$ 155,85 bilhões e o salário mínimo sobe para R$ 667,75.
O governo também fica autorizado descontar do superavit R$ 45,2 bilhões referentes ao PAC.

Membro-do-parlamento-israelense-rasga-biblia-joga-livro-no-lixo-


Para Michael Ben-Ari, o presente seria uma provocação da Igreja

JERUSALÉM Ao receber uma Bíblia de presente, o membro do Parlamento israelense Michael Ben-Ari (da União Nacional) rasgou o Novo Testamento em pedaços e, em seguida, jogou o livro católico no lixo. De acordo com o site israelense NRG, os exemplares foram distribuídos aos 120 membros da Knesset por Victor Kalish, diretor-executivo de uma editora cristã especializada na distribuição de textos religiosos em Israel.
Kalish enviou as Bíblias juntamente com uma carta explicando que se tratava de uma nova edição com 90 mil referências. Este é um precioso fruto da cooperação entre as Sagradas Escrituras e entre os crentes ao redor do mundo, que lança luz sobre o Antigo Testamento e ajuda a compreendê-lo.
A reação causou alvoroço. De acordo com o site, Ben-Ari teria dito que o livro abominável promoveu o assassinato de milhões de judeus durante a Inquisição.
- Essa é uma provocação missionária muito feia da Igreja. Não há dúvida de que o livro e seus remetentes pertencem ao lixo da história - afirmou.
Com a reação violenta, Tzipi Hovotely, membro do partido governista do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, enviou um pedido ao presidente da Knesset instando-o a proibir a distribuição de materiais missionários.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Deputado cobra explicações sobre "canto" de soldados do Exército

O líder do PSOL, deputado Chico Alencar (RJ), cobrou nesta quinta-feira (11) do Ministério da Defesa explicações sobre o canto de soldados do 1º Batalhão do Exército publicado nesta quinta-feira (12)pelo jornal O Globo. Na avaliação do deputado, o fato representa "clara indução à violência e ofensa"
De acordo com a coluna Panorama Político, soldados corriam ontem pela Rua Barão de Mesquita, no Rio de Janeiro, cantando: "Bate, espanca, quebra os ossos. Bate até morrer". O instrutor então perguntava: "E a cabeça ?" Os soldados respondiam: "Arranca a cabeça e joga no mar". No final o instrutor perguntava: "E quem faz isso?". E os soldados respondiam: "É o Esquadrão Caveira".
Em nota, Chico Alencar informa que além do requerimento de informações pede "o fim imediado da entonação desdes brandos em toda e qualquer unidade das Forças Armadas". Também será encaminhada denúncia à Comissão Nacional da Verdade.
A Comissão de Direitos Humanos da Câmara divulgou nota de repúdio face às denúncias divulgadas pelo Globo e no jornal Correio Braziliense sobre vídeos postados no YouTube por supostos policiais militares do Distrito Federal, que fazem apologia a violência ao exaltar os excessos praticados em operações especiais.
A comissão reitera que o conteúdo das denúncias "confronta princípios da nossa Constituição e dos acordos internacionais de Direitos Humanos dos quais o Brasil é signatário" . Também pede explicações e adoção das providências cabíveis sobre o caso. Na avaliação dos parlamentares, os fatos revelam a "existência de setores saudosistas da ditadura militar".

Moldávia proíbe uso da foice e do martelo por comunistas

Parlamento da Moldávia proibiu o uso de símbolos comunistas. Foto: AFP Parlamento da Moldávia proibiu o uso de símbolos comunistas
Foto: AFP
O Parlamento da Moldávia condenou nesta quinta-feira os crimes do regime que governou o país na época em que o território fazia parte da União Soviética e proibiu o uso de símbolos comunistas, ainda usados pelo principal partido da oposição.
Os dois projetos de lei foram aprovados por 56 deputados da situação, que apoiam a Aliança para a Integração Europeia (AIE), enquanto os comunistas, que somam 39 dos 101 parlamentares que compõem o Parlamento moldávio, abandonaram o plenário durante a votação.
"É nosso dever moral condenar os crimes do regime totalitário comunista. Desta maneira, honramos a memória de nossos familiares que sofreram com o regime", disse Mihai Ghimpu, presidente do Partido Liberal, que faz parte da Aliança.
O Partido Comunista da Moldávia (PCM) é apoiado por quase metade da população moldávia. Nas últimas eleições legislativas, o partido conquistou 42 cadeiras, embora mais tarde três de seus deputados formaram o Grupo Socialista.
Com a nova lei, os comunistas deverão deixar de usar sua histórica identidade, a foice e o martelo, símbolos herdados do Partido Comunista da União Soviética. "Proibiremos o uso da simbologia comunista, a foice e o martelo, no território da Moldávia", disse Ghimpu.
O líder do PCM, Vladimir Voronin, lamentou os projetos de lei promovidos pela Aliança e disse que eles são "uma tentativa de tirar a oposição do âmbito constitucional".
Voronin lembrou que "muitos cidadãos apreciam a simbologia comunista, sob a qual lutaram" na Segunda Guerra Mundial. "Ninguém tem direito a reescrever a história e menosprezá-la. Quem a menospreza depois sofre as consequências. A história tem o costume de se vingar. E essa vingança será muito dolorosa para alguns. Isto já não é Parlamento, é um hospital psiquiátrico", manifestou Voronin.
O principal partido opositor da antiga república soviética recorrerá da decisão "porque contradiz a lei dos partidos, a Constituição e outras leis", comentou o líder do PCM.