segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Fragata brasileira amplia combate ao contrabando de armas no Líbano


A incorporação da fragata F-45 União, enviada em 6 de outubro de 2011 pela Marinha do Brasil, ampliou a capacidade operacional da Força-Tarefa Marítima (FTM) que integra a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil). O total de navios encaminhados para inspeção subiu 94,86% desde a chegada do navio brasileiro ao teatro de operações.

As principais missões da fragata União são evitar o contrabando de armas e oferecer condições de treinamento para a Marinha do Líbano.

Segundo o procedimento adotado pela ONU, cabe à FTM detectar e interrogar os navios que se aproximam da costa libanesa. As embarcações suspeitas são acompanhadas até um porto para serem examinadas pela força naval daquele país.

A chegada do navio brasileiro também permitiu a ampliação do número de cascos em operação diária, que saltou de 2,5 para 3,7. Por seu maior porte, a União, capitânia da força, pode permanecer em operação mesmo em condições adversas de tempo e de mar, normais durante o inverno no Mediterrâneo Oriental, que obrigam os navios menores a buscar abrigo.

Graças aos sensores da fragata brasileira, o número de detecções de violações ao espaço aéreo libanês também aumentou. O navio está equipado com uma aeronave AH-11A Super Linx, um Grupo de Mergulhadores de Combate (GruMeC) e um Destacamento de Fuzileiros Navais.

Participam da MTF nove navios cedidos por seis países – Alemanha, Bangladesh, Brasil, Grécia, Indonésia e Turquia. Desde o início de suas operações, em 15 de outubro de 2006, a MTF abordou cerca de 36 mil navios. Desse total, 900 embarcações suspeitas foram encaminhadas às autoridades libanesas para investigações ou inspeções mais detalhadas.

Cerimônia de incorporação

Em reconhecimento à participação brasileira, a capa da edição de dezembro da revista Litani, publicada pela própria Unifil, traz uma imagem da fragata F-45 União, com sua tripulação formada no convés. O registro foi realizado durante a cerimônia de incorporação da unidade à Força-Tarefa Marítima, realizada no porto de Beirute em 14 de novembro último.

Presidido pelo comandante da FTM, contra-almirante Luiz Henrique Caroli, o evento contou com a presença do embaixador do Brasil em Beirute, Paulo Roberto Campos Tarrisse da Fontoura, acompanhado de diplomatas e funcionários da Embaixada do Brasil.

A Litani é uma publicação mensal de fotos e pequenos artigos que tem como propósito divulgar as atividades e eventos realizados pelos contingentes dos 35 países que compõem os destacamentos terrestre e marítimo da Unifil. O rio Litani, localizado junto à fronteira com Israel, deu nome à revista, editada para o público interno da missão.

Modificações

Antes de partir, a fragata recebeu algumas modificações para se adequar às novas funções. Para comandar a força-tarefa, ela recebeu dois sistemas de comunicação de dados, um operando na Banda X e outro na Banda Ku, e dois sistemas de comunicação por satélite.

Uma lancha inflável de casco rígido substituiu a baleeira de bombordo, para permitir a abordagem de navios suspeitos.

Quatro metralhadoras de calibre 12,7 mm foram distribuídas nos bordos para complementar o armamento da fragata, formado por um canhão de 4,5 polegadas, dois canhões antiaéreos de 40 mm, mísseis antinavio e antiaéreos.

Arma não-letal

Nas asas do passadiço foi instalado, em cada bordo, um tripé fixo para sustentar um sistema LRAD (Long Range Acoustic Device - Aparelho Acustico de Longo Alcance). Esta é uma arma não-letal constituída de autofalante direcional de grande potência.

O sistema pode ser usado de duas maneiras distintas: para mandar mensagens audíveis para pessoas localizadas até 3 mil metros de distância e que, por alguma razão, não respondam aos contatos por rádio; ou para causar desconforto por meio de fortes ondas sonoras dirigidas a tripulantes de embarcações que se aproximem da União sem autorização.

Foto: Marinha do Brasil
Ministério da Defesa

França: extrema-direita modera discurso e cresce nas pesquisas

Com uma criança no colo, a candidata da Frente Nacional (FN), Marine Le Pen, faz campanha em  Bordeaux. Foto: AFP Com uma criança no colo, a candidata da Frente Nacional (FN), Marine Le Pen, faz campanha em Bordeaux
Foto: AFP
 
A constatação parece paradoxal: na França, país que se orgulha de ser berço dos Direitos Humanos, quase um terço da população concorda com as ideias defendidas pelo principal partido de extrema-direita, a Frente Nacional. A FN tem como principais bandeiras a luta contra a imigração, em especial a muçulmana, a repressão da violência e o fim do euro.
Os resultados foram apontados por uma pesquisa realizada pelo instituto TNS Sofres: a apenas três meses das eleições presidenciais, 31% dos franceses se dizem "de acordo com as idéias do FN", contra 21% há um ano. Ao mesmo tempo, o índice de pessoas que afirmam ser "totalmente contrárias" aos argumentos do partido extremistas caiu pela metade, de 70%, em 1999, para 35% nesta última pesquisa.
Por trás da maior aceitação da sigla - que culpa o desemprego e a violência na França à presença de estrangeiros no país -, está um fenômeno que atende pelo nome de Marine Le Pen. Ao contrário do pai, o fundador da Frente Nacional, Jean-Marie Le Pen, Marine transformou as mesmas ideias tradicionais do partido em um discurso aceitável aos olhos dos franceses, ao abolir palavras racistas e agressivas contra as minorias. O antissemitismo também foi riscado da nova oratória populista lepenista, na voz da sorridente filha loira de olhos azuis.
Até que ponto essa maior adesão significa que uma parcela significativa de franceses é, no fundo, xenófoba e ultraconservadora, é uma questão difícil de responder: ao mesmo tempo em que se reconhece cada vez mais nas palavras dos extremistas - o que culminou na ascensão de Le Pen, o pai, ao segundo turno nas eleições presidenciais de 2002 -, a França também não permite que a FN ultrapasse os 20% de votos. Há anos, este eleitorado fiel permanece o mesmo, formado principalmente por trabalhadores rurais e operários.
Por essa razão, na histórica votação decidida contra o ex-presidente Jacques Chirac, o líder da extrema-direita perdeu com praticamente os mesmos 17% das cédulas que havia conquistado no primeiro turno, contra 82% para o conservador moderado. Chirac recolheu os votos da direita e da esquerda, na época incapaz de chegar a um consenso sobre a candidatura do socialista Lionel Jospin.
"Marine Le Pen marca o fim da geração abertamente racista, a geração do pai dela. Marine retirou o lado diabólico do partido", afirma Valérie Igounet, especialista em negacionismo (negação do Holocausto) na França. "Mas ainda assim, é preciso deixar claro que a adesão a essas ideias permanece restrita a um grupo, a um partido, e não é a tradição francesa. Nós continuamos sendo a França dos Direitos Humanos", disse a pesquisadora. Ela considera que o contexto atual, de crise econômica e campanha eleitoral, é responsável pela abordagem seguidamente próxima dos argumentos extremistas por parte de setores do governo do atual presidente, Nicolas Sarkozy, em busca da reeleição. Mas avalia que estes momentos fazem parte da estratégia da direita clássica francesa para obter votos dos eleitores que se situam não tão à direita quanto a Frente Nacional, porém julgam o governo Sarkozy pouco rígido nas questões de imigração e criminalidade.
Frances não gosta que imigrante tenha os mesmos direitos "A própria existência da Frente Nacional é fruto da democracia francesa e é uma das heranças da Revolução Francesa, que abriu espaço para o pluripartidarismo democrático", comenta Ariane Chebel d'Appollonia, pesquisadora sobre xenofobia, racismo e extrema-direita na Europa no Instituto de Estudos Políticos de Paris (Sciences Po). A especialista explica que o apego nacionalista de fato encontra eco na sociedade francesa, mas para uns, ele se traduz em um orgulho do nacional com a tolerância e a valorização do outro, enquanto para uma parcela menor esse sentimento "degenera" para a rejeição do estrangeiro.
"Isso dito, a França nunca resolveu bem essa sua dicotomia, sobre os limites de aceitar o outro. No fundo, a questão da xenofobia francesa concerne o nacionalismo de direitos, ou seja, o francês gosta de ser privilegiado em seus direitos enquanto tal, em relação a um estrangeiro", avalia a autora de obras como A Extrema-Direita na França - De Maurras a Le Pen. A proposta socialista de direito a voto para os imigrantes, por exemplo, jamais foi aprovada na França, enquanto o acesso irrestrito à assistência social pelos estrangeiros é alvo constante de ataques pela Frente Nacional.
Sobre as chances de um abril 2002 se repetir 10 anos depois, nas próximas eleições, as duas pesquisadoras concordam que essa possibilidade existe, mas ressaltam que o mais importante é o fato de que a o partido não ganharia uma eleição na França. Na visão de d'Appollonia, a FN vence a batalha da propagação das ideias, mas perde no campo mais importante, a briga eleitoral. "O problema, a meu ver, é a banalização dos assuntos caros à extrema-direita, como a imigração, a rejeição dos muçulmanos, o resgate da identidade nacional francesa e o apego por resultados contra a criminalidade. Em busca de votos, a direita tradicional acabou adotando estes temas e isso é triste para o país."
O primeiro turno das eleições acontece em 22 de abril e o segundo, em 6 de maio. Nas pesquisas de intenções de votos, Marine Le Pen oscila entre 15 e 20%, enquanto o socialista François Hollande lidera com cerca de 27%. Sarkozy, na briga por um segundo mandato, conta com a preferência de em média 23% dos eleitores.

População do Japão cairá 30% até o ano 2060


 

Estudo prevê que a queda da natalidade e o aumento dos idosos seja a tendência dominante nos próximos 50 anos. Foto: AP Estudo prevê que a queda da natalidade e o aumento dos idosos seja a tendência dominante nos próximos 50 anos
Foto: AP


A população do Japão cairá 30% até o ano de 2060, quando contará com 86,7 milhões de habitantes dos quais quase 40% terá mais de 65 anos, segundo um relatório publicado nesta segunda-feira pelo Ministério da Saúde japonês. O estudo, realizado a cada cinco anos pelo Instituto Nacional de População e Seguridade Social japonês, prevê que a queda da natalidade e o aumento dos idosos seja a tendência dominante nos próximos 50 anos.
Para 2060, segundo o Instituto, a esperança de vida poderia chegar no Japão a 90,93 anos para as mulheres e a 84,19 anos para os homens, acima dos 85,93 anos para as mulheres e 79,27 para os homens atualmente. O país asiático é o de maior esperança de vida do mundo e um dos que abriga mais idosos em relação a sua população, com 29,8 milhões de japoneses (23,3% do total) maiores de 65 anos, segundo dados oficiais.
Em 2010 a taxa de fecundidade (que mede o número estimado de filhos por mulher durante sua idade reprodutiva) ficou em 1,39%, e segundo o relatório se prevê que continue caindo para 1,33% em 2024, embora subiria ligeiramente para 1,35% em 2060. O envelhecimento da população, um dos grandes problemas para o futuro do sistema de seguridade social do Japão, fez com que em 2011 o consumo do mercado dos maiores de 65 anos gerasse mais de 100 trilhões de ienes, segundo um relatório da seguradora Daiichi.
Isso representa um aumento de 2,4% em relação a 2010 e cerca de 44% do total do consumo do Japão, segundo os dados da Daiichi. Perante o envelhecimento demográfico, muitas empresas japonesas adaptaram seus produtos e negócios para este segmento da população, que em geral conta com um grande poder aquisitivo, e ajudou no desenvolvimento de novas indústrias, como a dos robôs de assistência.
O ministro do Exterior iraniano, Ali Akbar Salehi, diz que recebeu com otimismo a notícia sobre a vista de inspetores da Agência Internacional de .... Foto: AP
  O ministro do Exterior iraniano, Ali Akbar Salehi, diz que recebeu com otimismo a notícia sobre a vista de inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) Foto: AP

Uma missão de alto nível da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) chegou neste domingo a Teerã para inspecionar as instalações nucleares iranianas.
A equipe formada por seis especialistas liderada por Herman Nackaerts, diretor-adjunto da AIEA para controles, chegou nesta manhã ao país para visita de três dias, período em que percorrerá as principais instalações atômicas e vai abordar o programa nuclear com as autoridades iranianas. Naeckerts afirmou que o organismo internacional deseja retomar o diálogo com Teerã para resolver todos os assuntos pendentes.
O Irã, por sua vez, deu às boas-vindas a AIEA. De Adis-Abeba, onde participa da Cúpula da União Africana, o ministro das Relações Exteriores, Ali Akbar Salehi, demonstrou neste domingo "otimismo sobre a missão e o resultado do trabalho da delegação". Salehi indicou, no entanto, que seu país não teme as novas sanções petrolíferas do Ocidente por seu polêmico programa nuclear.
A chegada da missão ocorre em meio ao aumento da tensão entre Teerã e a União Europeia (UE) pelo embargo anunciado em 23 de janeiro pelos europeus às importações de petróleo.
A medida adotada por ministros das Relações Exteriores da UE veta novos contratos petroleiros com o Irã e impõe 1º de julho como data limite para o cancelamento dos (contratos) já assinados.
O acordo foi fechado após o sim da Grécia, o último estado-membro que mantinha reservas sobre o veto porque compra em condições vantajosas o petróleo iraniano, que também tem como fortes importadores a Itália e a Espanha.
Como resposta ao veto comunitário, o ex-ministro da Inteligência iraniana Ali Fallahian propôs que o Irã suspenda imediatamente a venda de petróleo aos países da UE.
"Disseram que era necessário seis meses para encontrarem uma alternativa ao petróleo iraniano e se antes desse prazo, suspendemos o envio do petróleo do Irã o preço do produto vai subir no mercado internacional e conseguimos prejudicá-los", sugeriu Fallahian, conforme a agência de notícias "Fars".
O antigo responsável do Governo considerou que a "Rússia é o único país que pode oferecer aos europeus um petróleo similar ao iraniano e não descartou "a possibilidade de que os russos tenham criado está comoção para poder justamente vender seu petróleo no lugar do Irã".
Neste domingo, o Parlamento iraniano iria debater uma lei para cortar imediatamente as provisões de petróleo à Europa, mas adiou o estudo, informou neste domingo um membro do comitê de Energia do Parlamento iraniano, Ali Adiani, à agência local de notícias estudantil "Isna".
Adiani explicou que os autores do plano acreditam que o projeto deve ser discutido em profundidade antes de ser debatido no Parlamento, mas não deu data.
Nas últimas horas, o ministro do Petróleo iraniano, Rostam Qasemi, advertiu que o Irã "interromperá suas exportações de petróleo para alguns países em breve", informou por pela agência "Irna".
Grande parte da comunidade internacional - com EUA e Israel à frente - acusa o regime iraniano de esconder, sob o programa civil outro de natureza clandestina e de caráter militar, cujo objetivo seria produzir bombas nucleares, o que o Irã nega.
Teerã afirma que seus esforços no campo nuclear têm como único objetivo o uso pacífico da energia e tecnologia atômica.

49,6% confiam muito ou totalmente nas Forças Armadas, diz Ipea

Quase 80% dos entrevistados defendem participação em missões de paz.
Sondagem do Ipea foi realizada em 3.796 domicílios de 212 municípios.

Militares brasileiros em vistoria da missão de paz no Haiti, em outubro de 2010 (Foto: Divulgação/Ministério da Defesa)
Militares brasileiros em vistoria da missão de paz
no Haiti, chefiada pelo Brasil, em outubro de 2010
(Foto: Divulgação/Ministério da Defesa)
 
Pesquisa divulgada nesta quinta-feira (26) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que quase metade dos entrevistados - 49,6% - confiam "muito" ou "totalmente" nas Forças Armadas.  A pesquisa foi realizada em 3.796 domicílios em 212 municípios de todas as unidades da federação. A margem de erro da pesquisa é de cinco pontos percentuais.
Segundo a pesquisa, 32,3% confiam "razoavelmente" nas Forças Armadas e, 17,9%, "pouco" ou "nada". Quanto às percepções de acordo com o grau de escolaridade, a pesquisa aponta que quanto maior a escolaridade, menor é o grau de confiança nas Forças Armadas.
Quanto às faixas etárias, o grupo acima de 64 anos é o que apresenta maior percentual de confiança - 58,1%. O grupo de 35 a 44 anos tem o menor grau de confiança nas Forças Armadas - 43,7%.
Segundo a pesquisa, 68,3% dos entrevistados consideram "muito bom" ou "bom" o trabalho realizado pelas Forças Armadas; 23,5% consideram o trabalho "regular"; e 6,1% consideram "ruim" ou "muito ruim".
A pesquisa mostra ainda que 78,6% defendem a atuação do país em missões de paz
realizadas no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU). Para 20,1%, o Brasil não deveria participar de missões de paz em outros países.

 
Orgulho
A pesquisa indagou se haveria alguma relação entre a confiança do entrevistado e o orgulho que ele possui em ser brasileiro. Do total de entrevistados, 71,6% disseram ser extremamente ou muito orgulhosos por serem brasileiros, 18,3% razoavelmente orgulhosos e 9,9% pouco ou nada orgulhosos.
Os entrevistados que declararam possuir mais orgulho em ser brasileiros apresentaram um grau de confiança maior nas Forças Armadas. Dos que disseram ser extremamente orgulhosos por serem brasileiros, 62,2% confiam totalmente ou muito nas Forças Armadas, enquanto este percentual foi de 24,6% entre os nada orgulhosos.
Questionados sobre a importância das Forças Armadas, a maior parte dos entrevistados - 82,2% -  disse que elas são importantes para o país tanto na eventualidade de uma guerra como durante a paz. Para 13,1%, as Forças Armadas são importantes apenas no caso de uma guerra. E 3,9% disseram que as Forças Armadas "não são importantes em nenhuma situação".
Combate ao crime
Questionados sobre a função das Forças Armadas, a maioria dos entrevistados defendeu que elas se engajem no combate ao crime. Para 58,1%, as Forças Armadas devem combater a criminalidade em conjunto com as polícias.
Para 55,4%, as Forças Armadas devem defender o país em caso de guerra. A ajuda à população com serviços médicos e sociais em caso de desastres naturais foi apontada como função a ser cumprida pelas Forças Armadas por 49,7% dos entrevistados. O combate ao terrorismo foi apontado por 42,7% dos entrevistados e a participação em missões de paz por 34%.
Equipamentos
A percepção dos entrevistados no que diz respeito à qualidade dos equipamentos
militares empregados atualmente pelas Forças Armadas brasileiras é positiva: quase metade - 48,1% - dos entrevistados apontou como "muito bons" ou "bons" os equipamentos
militares. Os equipamentos são considerados "regulares" para 29%, e "ruins" ou "muito ruins" para 18,3%.
Sobre os gastos governamentais para aquisição de equipamentos militares, a maior parte dos entrevistados - 70,3% - defendeu mais investimentos, contra 22,8% que defenderam a manutenção do nível atual de gastos. Apenas 4,3% dos entrevistados apontaram a necessidade de redução dos gastos.

Paraná ganha 60 novos conselhos de segurança

Fonte: Gazeta do Povo

Em breve, o número de Consegs no estado deve chegar a 264. Só em Curitiba existem 40 em atividade
A comunidade paranaense está mais organizada e mobilizada para buscar melhorias e tentar resolver os problemas relacionados à segurança pública. É o que se conclui em uma análise dos dados que envolvem a criação de conselhos comunitários de segurança no estado desde o segundo semestre de 2011. Somente a partir de julho do ano passado foram implantados ou reativados 29 conselhos em todo o Paraná. Para os primeiros meses deste ano estão previstos mais 31, fazendo com que o total de conselhos em atividade chegue em breve a 264.

Segundo a Coordenação Es­­tadual dos Conselhos Comuni­tários de Segurança do Paraná (Conseg), somente em Curitiba estão ativos 40 conselhos dos 75 existentes. A previsão é que até março sejam reativadas as organizações em mais dez bairros, chegando assim a 50 localidades mobilizadas. A maior movimentação, contudo, acontece no interior e na Região Metro­po­litana de Curitiba, onde foram criados ou reativados 24 conselhos, com a perspectiva de chegar a mais 19 municípios nos próximos meses.
Para a coordenadora estadual dos Consegs, Michelle Lourenço Cabral, esse crescimento se deve a um trabalho conjunto entre poder público, órgãos de segurança e comunidade. Desde o ano passado, a coordenação tem estimulado a formação de conselhos através de reuniões com lideranças dos bairros e municípios. “Quando se fala em conselho de segurança, não é apenas brigar por mais policiamento. Estamos falando em desenvolvimento social. Um buraco na rua, um terreno baldio, falta de iluminação, tudo isso é questão de segurança. Se a comunidade se mobilizar, tem melhores condições de cobrar providências”, afirma. Um assalto ocorrido na residência de Fátima Maia fez com que ela reunisse os moradores do bairro Jardim Botânico, em Curitiba, para formar um conselho de segurança. Oficializado em novembro do ano passado, o grupo já levou à frente iniciativas como a de organizar os moradores para cuidar das residências vizinhas. “Desde que iniciamos essa mobilização, os assaltantes não têm mais comparecido com tanta frequência”, relata a presidente do conselho, que discute outras propostas como a implantação de uma sirene e monitoramento eletrônico no bairro.
No bairro São João, tudo começou em agosto de 2011, com uma reunião entre os moradores para discutir ações em vista do crescimento da criminalidade no bairro. Em dezembro, como resultado dessa mobilização, foi criado o conselho de segurança, que ainda dá seus primeiros passos, mas já mostra resultados. “Desde que iniciamos as reuniões, conseguimos mais policiamento na região e os assaltos diminuíram em 80%”, assegura a presidente do conselho, Roseli Hey.
Dois lados
Para a professora de Direito, Priscilla Placha Sá, membro do Centro de Estudos de Segurança Pública e Direitos Humanos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a criação de novos conselhos é resultado do incentivo do poder público e da organização popular. Por outro lado, isso também demonstra maior preocupação com o quadro da segurança atual. “Isso reflete uma situação negativa que tomou conta do estado, com o crescimento da criminalidade e de um passivo grande para ser administrado”, avalia. Para ela, é necessário não apenas apoiar a criação dos conselhos, mas também orientar quanto ao seu funcionamento. “Eles têm um papel importante, pois é uma forma de a comunidade cuidar e ser cuidada.”


Para que serve um Conseg?
O Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) é uma entidade de apoio às polícias estaduais com base na filosofia da polícia comunitária. São grupos de pessoas de uma mesma comunidade que se reúnem para discutir, planejar e acompanhar as soluções de seus problemas de segurança. São meios de estreitar a relação entre comunidade e polícia e fazer com que estas cooperem entre si.
Entre seus objetivos estão integrar a comunidade com autoridades policiais, propor prioridades para uma região e fazer com que os moradores interajam com as unidades de polícia. Os interessados em criar ou reativar um conselho podem entrar em contato com a Secretaria de Estado da Segurança Pública, por meio do coordenador estadual para assuntos dos Consegs, pelos telefones (41) 3313-1984 ou 3313-1921.

Dilma terá que inaugurar 5 creches por dia se quiser cumprir a promessa

Para cumprir uma promessa de campanha feita pela presidente Dilma Rousseff, o Ministério da Educação terá que inaugurar pelo menos 178 creches por mês, ou cinco por dia, até o fim de 2014. Na disputa presidencial de 2010, Dilma afirmou que iria construir 6.427 creches até o fim de seu mandato, mas a promessa está longe de se concretizar.

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), responsável pelo ProInfância - que cuida da construção dessas creches - pagou até agora R$ 383 milhões dos R$ 2,3 bilhões empenhados. No primeiro ano de governo, a execução do ProInfância ficou em 16%. Nenhuma obra foi concluída.

Principal aposta do PT nas eleições de 2012, o ex-ministro da Educação Fernando Haddad deixou o ministério para se candidatar à Prefeitura de São Paulo sem entregar nenhuma das creches prometidas pela presidente. Nas últimas campanhas em São Paulo, as creches têm sido destaque. Seu sucessor, Aloizio Mercadante, tomou posse na última terça-feira prometendo atender à promessa de Dilma. "Vamos cumprir a meta de criar mais de 6 mil creches e dar às crianças brasileiras em fase pré-escolar acolhimento afetivo, nutrição adequada e material didático que as preparem para a alfabetização", disse.

Na campanha, Dilma chegou a fixar a meta de construir 1,5 mil unidades de ensino por ano. Reforçou a promessa no programa de rádio da Presidência: "A creche é também muito importante para as mães, para que possam sair para trabalhar tranquilas, sabendo que seus filhos estão recebendo atenção e cuidados," disse na última segunda-feira. O déficit do País hoje é de 19,7 mil creches. Para se alcançar uma das metas do Plano Nacional de Educação é preciso triplicar o número de matrículas nessas unidades.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Quase 230 mil eleitores não fizeram recadastramento biométrico

Número corresponde a 18,2% do eleitorado curitibano. O título de quem não realizou o recadastramento será cancelado, segundo o TRE-PR

Por Gazeta do Povo
O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) informou, nesta quarta-feira (25), que 229.564 eleitores de Curitiba não realizaram o recadastramento biométrico e terão o título de eleitor cancelado. O número corresponde a 18,2% dos 1.256.516 eleitores que deveriam realizar o procedimento, cujo prazo se encerrou na semana passada.
Ao todo, 1.026.952 fizeram a biometria, 21.739 a mais que os 80% necessários para que as eleições de 2012 já ocorressem pelo novo processo, segundo o TRE-PR. De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, foram cadastrados, neste ano, 107.104 novos eleitores, que passam a integrar o eleitorado de Curitiba.
Durante o processo, realizado entre 28 de março de 2011 e 11 de janeiro de 2012, o TRE-PR realizou a transferência de 35.916 títulos de Curitiba para outros municípios. Além destes, 17.189 eleitores tiveram o título cancelado porque não votaram ou não justificaram ausência nas últimas eleições. Outros 1.347 tiveram o título suspenso por terem sido presos durante o período.
A Central de Atendimento ao Eleitor funcionou por 255 dias. Foram realizados, em média, mais de quatro mil atendimentos por dia. O dia de maior movimento foi o último (20 de janeiro), quando 14.168 pessoas passaram pelo TRE-PR.
TRE volta a funcionar
O TRE-PR retomou o atendimento aos eleitores nesta quarta-feira (25). A prioridade é para títulos novos e transferências, mas a assessoria de imprensa do órgão informou que os eleitores que desejarem realizar o recadastramento podem comparecer ao TRE-PR. 
Mesmo realizando o recadastramento agora, eles poderão ser convocados a retornarem futuramente para regularizar a situação, provavelmente com o pagamento de multa, por não terem realizado o procedimento dentro do prazo.
Os procedimentos que serão adotados para a regularização serão anunciados no dia 31 de janeiro, em entrevista coletiva no TRE-PR. Para realizar a biometria a partir desta quarta-feira não há filas e não é preciso realizar o agendamento prévio.

De olho na reeleição da Alep, Rossoni aumenta verba parlamentar

Recurso para deputados gastarem com alimentação, telefone e correio pula de R$ 27,5 mil para R$ 31,4 mil mensais. Deputado nega uso eleitoreiro da medida
 

Por Gazeta do Povo

 O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), deputado Valdir Rossoni (PSDB), começou o ano de 2012 na contramão do discurso de economia exaltado no final do ano passado – quando foi anunciada a devolução de R$ 90 milhões para o governo do estado. O primeiro ato de Rossoni neste ano foi aumentar em 14,44% a verba de ressarcimento dos deputados estaduais – dos atuais R$ 27,5 mil para R$ 31,4 mil mensais. O impacto será de R$ 2,7 milhões por ano aos cofres do Legislativo.
Já a partir de fevereiro, o novo valor estará disponível para cada deputado. O objetivo da verba é custear a atividade parlamentar, pagando despesas com alimentação, correio, telefone, etc (veja quadro). Rossoni justificou o reajuste como uma “medida de correção”, já que a verba de ressarcimento estava congelada desde julho de 2009. Ele afirmou ainda que não recebeu nenhuma reivindicação dos colegas para aumentar a verba. “Não podemos ser injustos com os deputados. É praxe aumentar no começo do ano porque as despesas são reajustadas”, comentou o presidente.
Outro lado
Tucano nega contradição ao discurso de controle de gastos

O reajuste de 14,44% na verba de ressarcimento dos deputados paranaenses não significa para o presidente da Assembleia, Valdir Rossoni (PSDB, foto), uma contradição com o discurso de economia nos cofres do Legislativo. O tucano afirmou que a decisão foi tomada sem consultar os colegas e que está baseada no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação no país. “O aumento não vai contra o discurso de economia. Se o índice de reajuste estivesse desproporcional, seria contraditório. Mas não é o caso”, resumiu Rossoni. 
O presidente explicou que historicamente a verba de ressarcimento é reajustada no início do ano legislativo e que, apesar de não ter recebido reivindicação dos colegas para aumentá-la, resolveu se antecipar. “Se aguardássemos o retorno dos deputados, iriam falar que seria por pressão”, disse. 
Rossoni garantiu ainda que, se houver reajuste da verba no Congresso Nacional, como é esperado para este ano, o aumento não será repassado como efeito cascata, uma vez que isso está sendo feito agora. (KK e ELG)
Nos bastidores, porém, o aumento concedido por Rossoni foi entendido como uma forma de agradar os colegas deputados pensando numa eventual reeleição ao cargo de presidente da Casa – eleição que só ocorrerá em 2013. “Isso não tem nada a ver com a reeleição. Não me preocupa isso [a reeleição]. O que me preocupa é o Legislativo ter uma imagem forte”, rebateu Rossoni.
Em 2011, o tucano terminou o ano num processo de desgaste com os colegas porque determinou o corte do 14.º e 15.º salários pagos a título de convocação e desconvocação dos deputados no início e término de cada ano legislativo. Na época, alguns parlamentares insatisfeitos com o corte chegaram a cogitar a possibilidade de apresentar uma proposta de emenda à Constituição Estadual impedindo a reeleição à presidência da Casa. A iniciativa não foi para frente, mas há rumores de que seja apresentada de fato neste ano.
Outra notícia que circula nos corredores da Assembleia é de um possível aumento na verba de gabinete – hoje em R$ 60 mil – para custear até 23 comissionados por deputado. Essa também seria uma forma de prestigiar os parlamentares. “Isso é coisa das viúvas da corrupção que perderam a mamata na Casa”, reagiu Rossoni, garantindo que não haverá reajuste, salvo se o Congresso aumentar a verba paga em Brasília. “Daí é um efeito cascata”, completou.
Desentendimento
O corte nos salários extras no final do ano passado foi a medida moralizadora tomada por Rossoni que impactou mais diretamente os colegas. Ao longo de 2011, o tucano liderou uma série de mudanças na administração da Casa – dentre elas, o corte de aposentadorias e gratificações irregulares; a redução do número de funcionários comissionados; a instituição da obrigatoriedade da presença dos deputados nas sessões plenárias, sob risco de desconto nos vencimentos; a exoneração dos seguranças; entre outras.
As iniciativas foram tomadas tão logo Rossoni iniciou o mandato de presidente da Assem­­bleia, em fevereiro de 2011, como uma resposta às denúncias de irregularidades mostradas pela Gazeta do Povo e pela RPC TV na série de reportagens Diários Secretos.
Líderes defendem reajuste para recompor inflação
Apesar de afirmarem que não foram consultadas por Valdir Rossoni sobre o reajuste da verba de ressarcimento, as principais lideranças da Assembleia defenderam a medida como forma de recompor a inflação acumulada desde julho de 2009. Os deputados ainda negaram ter ouvido comentários de que essa seja uma forma de o tucano agradar os colegas para garantir a reeleição à presidência da Casa.
“É um ato administrativo corriqueiro, que até já era para ter sido aplicado no ano passado. O aumento das despesas é muito grande e a verba, que muitas vezes é mal interpretada, chega a ser insuficiente para sustentar o mandato”, afirmou o líder do governo, Ademar Traiano (PSDB). “Ninguém me fez qualquer tipo de comentário que pudesse ser uma compensação [do Rossoni]. Não faço essa leitura.”
Os argumentos do tucano foram praticamente os mesmos do deputado Caíto Quintana, líder do PMDB, a maior bancada da Casa, com 12 deputados. “A correção que existe no salário de todo cidadão não é aumento, mas restituição do poder do dinheiro recebido. Mas existem coisas que não adiante tentar explicar na vida de um deputado, que a população não vai entender”, disse. Questionado se via na medida uma estratégia de Rossoni para a reeleição, o peemedebista foi evasivo: “Você é quem está dizendo”.
A única voz discordante foi a do petista Tadeu Veneri. Para ele, o valor atual da verba de ressarcimento já é suficiente, tanto que disse ter devolvido R$ 50 mil à Casa no ano passado. “Esse debate deveria ser feito com os deputados. Até porque não vi nenhuma demanda nesse sentido dentro da Casa”, afirmou. “Dá a impressão de uma compensação por conta do corte do 14.° e 15.° salários.” 



quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Sanções: Ahmadinejad eleva taxas para conter crise monetária

O Irão aumentou hoje as taxas dos juros bancários e indicou que irá restringir ainda mais a venda de moeda estrangeira, na tentativa de conter uma crise monetária pelo facto de novas sanções ocidentais terem acelerado a procura de dólares entre os iranianos, preocupados com seu futuro económico.


Por Diario Digital

«O ministro da Economia anunciou que (o presidente iraniano Mahmoud) Ahmadinejad concordou com a aprovação do Conselho Monetário e de Crédito de aumentar as taxas de juros sobre os depósitos bancários para 21%», segundo a agência de notícias oficial Irna.
O banco central também disse aos iranianos que eles só deveriam comprar dólares se fossem viajar e não para os armazenar para se proteger da incerteza económica.
Novas sanções norte-americanas e europeias visando as exportações de petróleo, vitais para o Irão, e o seu banco central exacerbaram gravemente uma queda na moeda iraniana, criando o que um político descreveu como uma instabilidade económica não vista nem mesmo durante a guerra de oito anos entre Irão e Iraque , nos anos de 1980.
O Ocidente espera que a pressão económica force o Irão a parar com o seu programa nuclear, que teme ter por objetivo a fabricação de bombas. Teerão diz que o seu programa é totalmente pacífico.
O rial começou a desvalorizar depois de uma decisão, em abril, de cortar os juros pagos sobre os depósitos bancários num limite de 12,5 a 15,5%, abaixo da inflação, que atualmente está em cerca de 20%, fazendo muitos iranianos retirarem o dinheiro da poupança e comprar ouro ou moeda estrangeira, elevando o preço de ambos.
A decisão de segunda-feira marca uma reviravolta na política de Ahmadinejad, que enfrenta um teste na eleição parlamentar de 2 de março. Anteriormente, tinha vetado esforços do diretor do Banco Central, Mahmoud Bahmani, de subir os juros.


Fonte:http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=555157

Na reabertura do Palácio Iguaçu, Beto Richa nomeia 9.516 professores

Por Jurandir Ambonatti


O governador Beto Richa retomou nesta quarta-feira, em Curitiba, as atividades administrativas do Estado no Palácio Iguaçu, sede do Governo do Paraná desde 1954. Na reabertura do prédio, que ficou cinco anos fechado para reformas, Beto assinou a nomeação de 9.516 professores aprovados em concurso público para a rede estadual de ensino. Beto afirmou que o ato simboliza a prioridade absoluta deste governo, que é a busca permanente por um ensino público de excelência.// SONORA RICHA // Segundo o governador, com a nomeação dos novos professores para o quadro próprio do magistério e a antecipação da distribuição de aulas, que ocorreu em dezembro passado, o início do ano letivo ocorrerá de forma tranquila para 1 milhão e 300 mil estudantes matriculados na rede estadual de ensino. O governador disse ainda que estava reabrindo as portas do Palácio Iguaçu para todos os paranaenses. // SONORA RICHA // A reabertura ocorreu de forma simples, com uma exposição de peças históricas. Estiveram presentes o ex-ministro Ivo Arzua, engenheiro responsável pelas obras do Centro Cívico, e Caetano Munhoz da Rocha Neto e Suzana Munhoz da Rocha Guimarães, filhos do ex-governador Bento Munhoz da Rocha Neto, que construiu o edifício na década de 1950. Cerca de 200 pessoas acompanharam a reinstalação do governo no prédio. Sobre a nomeação de professores, o vice-governador e secretário de Educação, Flávio Arns, ressaltou que o compromisso da atual gestão é de tornar o quadro do magistério mais estável. Em 2012 está previsto um concurso público para professores. A intenção é que os contratos por meio do Processo Seletivo Simplificado, o PSS, sejam situações temporárias, na substituição dos que saem de licença saúde, maternidade e outros casos. Arns afirmou que os professores nomeados começam a trabalhar imediatamente, evitando a repetição de problemas enfrentados no começo do ano passado.// SONORA ARNS // A reforma do Palácio Iguaçu, ao longo dos últimos cinco anos, possibilitou a revitalização e modernização das instalações originais, assim como a criação de ambientes de trabalho mais funcionais. A obra incluiu ainda a instalação de novos equipamentos de segurança, telefonia e informática, além da reestruturação das partes elétrica e hidráulica. Projetado pelo engenheiro e arquiteto paranaense David Azambuja, o Palácio Iguaçu foi construído durante a gestão de do ex-governador Bento Munhoz da Rocha Neto, no mandato entre 1951 e 1955, e inaugurado pelo então presidente brasileiro João Café Filho, no dia 19 de dezembro de 1954. A data marcou o primeiro centenário da emancipação política do Paraná. O Palácio pertence ao conjunto arquitetônico do Centro Cívico, primeiro bairro do Brasil criado especialmente para abrigar edifícios e repartições públicas, integrando assim os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do Estado. 

Ataques a caixa eletrônico levam o terror às lojas

Comerciantes começam a rejeitar equipamentos após destruições sistemáticas. Foram 22 assaltos desde o início do ano no Paraná


Por Felippe Anibal - Gazeta do Povo

A onda de ataques com explosivos e maçaricos a caixas eletrônicos no Paraná tem feito com que os comerciantes revejam a necessidade do serviço aos clientes. Além de não ganharem nada com a cessão do espaço, seus estabelecimentos têm virado alvo fácil da ação dos bandidos. Do primeiro dia do ano até o fim da tarde de ontem ocorreram 22 ataques a caixas eletrônicos, quase um por dia, segundo o Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região Metropolitana. Destes, 19 ocorreram na capital e região.
“Apesar de facilitar para os clientes, não compensa nada para nós”, explica o proprietário do mercado Wessling, Rosnei Wessling, do bairro Campina da Barra, em Araucária, Região Metropolitana de Curitiba. O estabelecimento foi alvo da “gangue da dinamite” na última sexta-feira, em plena luz do dia. Por volta das 8h15, pouco depois de abrir o mercado, os funcionários e clientes foram dominados por quatro bandidos. Dois deles, de acordo com Wessling, estavam armados com pistolas. “Eles só falaram para gente ir para o fundo do mercado porque iriam explodir os caixas”, conta.
O comerciante lembra que seus clientes raramente usavam o caixa eletrônico para sacar dinheiro e fazer compras no mercado. “Como era o único caixa da região, eles vinham para pagar conta particular. Aqui eles podem fazer compra no cartão de débito mesmo”, explica. O prejuízo ainda não havia sido contabilizado pelo comerciante.
No caso de outro mercado, localizado no bairro São Dimas, em Colombo, também na região metropolitana, os gastos para consertar forro, caixa, parede e portão já passaram de R$ 10 mil. “No domingo as caixas registradoras não funcionaram. O que não vendi no domingo deveria ser ressarcido”, explica o comerciante, que preferiu não se identificar. Neste ataque, foram cinco criminosos com um toque de ousadia a mais.
De acordo com vizinhos do estabelecimento, cinco homens arrebentaram os portões do mercado com o próprio carro para invadir e explodir o caixa eletrônico. Na avaliação do comerciante, ceder um caixa eletrônico para a população também não tem valido a pena. “Eu não recebo nada pra ter e tem sido muito arriscado enquanto a polícia não prender esses criminosos”, explica. Os caixas dos dois estabelecimentos ouvidos pela reportagem foram fornecidos pela empresa Tecban, responsável pela rede 24 horas.
De acordo com o Sindicato dos Vigilantes, o total de ataques neste ano já supera os registros de todo o primeiro semestre de 2011. Naquele período, foram registradas 20 ocorrências, sendo que 19 eram arrombamentos e apenas uma explosão de caixa eletrônico.
Punição
Justiça tarda nos pedidos de prisões
Felippe Anibal
A Delegacia de Furtos e Roubos (DRF) de Curitiba já conseguiu identificar parte de um dos grupos que usa dinamite para explodir os caixas eletrônicos. Há quase uma semana, a polícia encaminhou à Justiça pedidos de prisões contra os suspeitos, mas até agora as solicitações ainda não foram examinadas. “Temos uma boa parceria com o Ministério Público e com a Justiça, mas seria bom que essas prisões fossem avaliadas rapidamente”, diz o delegado Guilherme Rangel, adjunto da DFR.
Para o delegado, a força-tarefa iniciada pela polícia para combater esses crimes já surtiu efeito. Na semana passada, dois suspeitos de integrar a “gangue do maçarico” foram presos em flagrante, enquanto tentavam cortar caixas eletrônicos no Centro de Curitiba. Na madrugada de ontem, em Colombo, a Polícia Militar localizou uma residência que pode ser o quartel-general da quadrilha. Na casa, foram encontrados um maçarico, luvas, lonas e “ouriços” (metais colocados nas ruas para furar pneus de viaturas durante as fugas), além de três carros com placas de Santa Catarina.
“Todos esses elementos reforçam o que havíamos levantado em investigações: que as quadrilhas que atuam com maçarico são provenientes de Santa Catarina”, observou. De acordo com as investigações, as quadrilhas que utilizam explosivos seriam compostas por integrantes de Curitiba, mas com ramificações em São Paulo.
Combustível
Postos também são alvos facéis
Os postos de combustíveis também têm sido alvos dos ataques a caixas eletrônicos em Curitiba. O primeiro caso de ataques com explosivos a um desses estabelecimentos ocorreu no bairro Boqueirão. Em julho do ano passado, o Posto Quartel foi vítima da “gangue da dinamite”. Segundo a gerente, Débora Martins, até hoje os proprietários estão reformando a loja. “Foi um prejuízo de mais de R$ 80 mil”, explica.
O estabelecimento funciona 24 horas e o crime ocorreu no início da madrugada. “Foi o primeiro posto com explosão”, conta. O caixa fornecido também era da Tecban. Segundo a gerente, os proprietários não disponibilizarão mais caixas bancário aos clientes. “Vários outros postos também estão retirando os caixas”, conta. O perigo não compensa os eventuais benefícios proporcionados por esses equipamentos.
O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis (Sindicombustíveis) do Paraná não tem interferido nas opções de colocar ou não os caixas eletrônicos nos estabelecimentos.

Orientação
A Associação Paranaense de Supermercados (Apras) já orientou seus associados a reforçarem a segurança dos estabelecimentos. Segundo o superintendente da entidade, Valmor Rovaris, o perfil de loja assaltada tem sido as com pouca proteção e com rotas de fuga. “O varejista tem que tomar cuidado, mas a gente tem a expectativa de que a polícia logo esclareça isso”, afirma.
De acordo com Rovaris, nunca havia tido um mês tão crítico. Apesar disso, a ainda não há informação de quantos estabelecimentos já foram atingidos pelos criminosos especializados em caixas eletrônicos. Rovaris informou que a Apras está em contato direto com as polícias para tratar do assunto.
Máquinas têm tinta para inutilizar notas
Empresa responsável pela cessão dos caixas eletrônicos 24 horas no Brasil, a Tecban já instalou em todas as máquinas um dispositivo de “entintamento”. Esse equipamento de segurança marca com tinta vermelha indelével as cédulas roubadas, invalidando o dinheiro. Se­­gundo o gerente de segurança corporativa da Tecban, Van­­derlei Reis, a empresa registrou três casos em Curitiba. Todos os outros crimes, diz ele, não ocorreram em caixas cedidos pela empresa.
Segundo ele, o dispositivo de “entintamento” marca, em média, 98% das cédulas roubadas. “Dependendo do caso pode ser que não marque todas”, con­­ta. Reis explica que a Tec­ban tem oferecido ajuda para os comerciantes recomporem as lojas atingidas. Segundo ele, cada caso é analisado separadamente. “Somos vítimas tanto quanto os estabelecimentos”, argumenta.
Histórico
Reis lembra ainda que a empresa, que está há 30 anos no mercado, começou a registrar esses ataques em Recife (PE), no fim de 2010. “Depois migrou para Rio Grande do Sul, Santa Cata­rina. Em seguida para região Sudeste e agora, Paraná”, explica. “Nós temos acompanhado esse movimento de migração, que começou na Europa.” De acordo com Reis, nos países europeus os caixas eram destruídos com explosivos a base de gás. No Brasil, os criminosos usam dinamite.
Depois de registrar os casos na Europa, em 2009, a empresa começou a desenvolver a tecnologia do dispositivo de “entintamento”. A tecnologia foi oferecida à Federação Brasileira de Bancos (Febraban). No entanto, a entidade não afirma quantos bancos aderiram à proteção em seus caixas eletrônicos. De acordo com a assessoria de imprensa da Febraban, grande parte dos terminais já conta com o dispositivo.


90% apoiam internação involuntária de viciados

Por Vaguinaldo Marinheiro |SÃO PAULO - Folha.com


Para 9 em cada 10 brasileiros, um adulto dependente de crack deve ser internado mesmo contra a vontade. Homens e mulheres, de todas as idades, têm praticamente a mesma opinião, mostra pesquisa nacional do Datafolha feita na semana passada. 
O tema é polêmico desde o lançamento do plano federal de combate ao crack, em dezembro, e o início da ação policial na cracolândia paulistana. 
A pesquisa mostra que 2% dos brasileiros com mais de 16 anos (cerca de 3 milhões de pessoas) dizem já ter experimentado a droga. É mais que o dobro da estimativa de usuários no país. 
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, defende a internação involuntária, apoiado por psiquiatras especializados na área. O Conselho Federal de Psicologia é contra. 
O Datafolha ouviu 2.575 pessoas em 159 cidades. A margem de erro é de dois pontos percentuais. 






Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1039159-90-apoiam-internacao-involuntaria-de-viciados.shtml

Greve no HC cancela quase a metade dos exames


Por Fernanda Leitóiles, Mariana Scoz, Vitor Geron e Heliberton Cesca - Gazeta do Povo
Os reflexos da greve dos servidores do setor de Radiologia do Hospital de Clínicas, em Curitiba, já são sentidos pelos pacientes nesta quarta-feira (25). Cinquenta exames deixaram de ser feitos nesta manhã, dos 110 previstos para essa quarta. O índice corresponde a 45,45% dos procedimentos que deveriam ser feitos. A greve da categoria começou nesta manhã e segue por tempo indeterminado.
Menos de quatro meses após a última grave, a paralisação volta a afetar os serviços do Hospital de Clínicas . De acordo com o Sinditest-PR, sindicato que representa a categoria, 30% dos servidores do setor estavam trabalhando na manhã desta quarta.
O HC conta com servidores estatutários e com funcionários que têm os contratos de trabalho regidos pela CLT (fazem parte da Fundação da Universidade Federal do Paraná – Funpar). No setor de Radiologia, são 44 estatutários e 16 da Funpar.
De acordo com o HC, apenas um dos cinco servidores estatutários do setor de Radiologia que estavam escalados nesta manhã compareceu para trabalhar. Os dois funcionários da Funpar trabalharam normalmente.
A greve teve início porque 27 servidores estatuários exigem o pagamento dos adicionais de radiação ionizante e insalubridade, determinados por uma decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre. A Reitoria da UFPR disse que não pode solicitar o pagamento ao Ministério do Planejamento por causa de um erro no processo.
Pacientes devem comparecer ao HC
Mesmo com o cancelamento de exames, a orientação do HC é para que os pacientes continuem comparecendo ao hospital. Alguns serão atendidos. Os médicos irão avaliar quais casos terão prioridade. Situações de urgência e emergência também continuam sendo atendidas.
Os procedimentos que não forem realizados serão remarcados ou então os pacientes serão orientados de que o HC irá entrar em contato para o novo agendamento.
O adiamento de exames irá resultar em remarcação de consultas. O HC ainda não tinha estimativa de quantas consultas deixaram de ser feitas no hospital nesta quarta.
De acordo com o HC, problemas ainda maiores com o atendimento podem ser registrados na próxima segunda-feira (30). Os pacientes da Ortopedia podem ter consultas canceladas por causa da falta de exames.
Reflexos da greve de 2011
A diretoria do hospital admitiu na terça-feira preocupação por causa da greve, principalmente pelo fato de os atendimentos ainda não terem sido normalizados em função da paralisação do ano passado. A última greve durou 101 dias.
Segundo a diretora-geral do HC, Heda Amarante, ainda não foi possível “por em ordem” os atendimentos prejudicados durante a última greve, que não era específica do setor, mas afetou também a Radiologia.
Na avaliação de Heda, a greve “lesa o usuário desnecessariamente”. Para ela, a paralisação da categoria não tem suporte legal e diz respeito a situações particulares de alguns servidores.
Erro processual
De acordo com José Carlos de Assis, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Paraná (Sinditest), os servidores tentam negociar com a Reitoria desde outubro de 2011 e – sem avanço nas negociações – decidiram pela paralisação.
A diretora-geral do HC, Heda Amarante, disse nesta quarta-feira (25) que o hospital não vai mais negociar com os servidores, mas também não vai entrar na Justiça para pedir a abusividade da greve. A situação será comunicada ao Ministério Público Federal (MPF), para que o órgão tome as providências que considerar cabíveis.
O Sinditest informou que 27 funcionários da radiologia ganharam o direito de receber os dois adicionais ao salário depois da decisão do TRF-4, mas a universidade ainda não iniciou o pagamento. Os funcionários que entraram com a ação seriam beneficiados pela decisão, que aumentaria em cerca de R$ 1,3 mil o salário dos servidores.
Segundo o HC, a universidade não tem como autorizar o pagamento do benefício porque a Procuradoria Regional Federal (PRF) em Porto Alegre detectou uma falha processual, uma vez que a UFPR não havia sido citada no processo. “Com esse problema, o que não foi feito precisa ser refeito para que a falha seja sanada, mas não depende da universidade”, explica a diretora do hospital. Ela argumenta que o procurador da instituição busca soluções que agilizem o impasse, mas não é possível intervir diretamente no processo. “E se levar mais dois anos? Eles vão ficar em greve durante todo esse tempo?”, questiona Heda.
Estrutura
Sobre o pedido de melhores condições de trabalho e a denúncia de que haveria vários equipamentos novos parados e especificações técnicas não sendo cumpridas no HC, o que aumentaria a insalubridade da função, a diretora do hospital foi bastante crítica. “O HC é o maior e melhor hospital do SUS no Paraná e cumpre todas as determinações de diversas secretarias e órgãos, como a Vigilância Sanitária”, diz.
Ainda de acordo com a diretora, a universidade e o HC tomam os devidos cuidados para garantir a jornada de trabalho reduzida para estes profissionais, que em alguns casos chega a 20 horas semanais. “O que existe aqui hoje é uma ampla reforma, com a renovação de todos os equipamentos, para que tenhamos uma estrutura de primeiro mundo”, explica. Segundo a assessoria do HC, alguns aparelhos estão aguardando o fim das obras para começarem a funcionar no novo espaço.