A Síria acusou nesta quinta-feira a Turquia de exercer um "papel fundamental"
no apoio ao terrorismo por abrir seu aeroporto e sua fronteira à Al Qaeda e a
outros militantes islâmicos para promover ataques dentro da Síria.
Aliados no passado, a relação dos dois países rapidamente se deterioraram com
a intensificação da repressão do presidente Bashar al-Assad ao levante contra o
seu governo, que já dura 17 meses.
O primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan, pediu que Assad renuncie e montou
um acampamento de refugiados ao longo da fronteira para abrigar milhares de
sírios em fuga.
Diversos oficiais militares desertaram para a Turquia e o comandante do
Exército de Libertação Síria, um grupo de insurgentes que combate as forças de
Assad, também está baseado ali.
"O governo turco exerce um papel fundamental no apoio ao terrorismo ao abrir
seu aeroporto e suas fronteiras para abrigar elementos da Al Qaeda, jihadistas e
salafistas", afirmou o Ministério das Relações Exteriores da Síria em um
comunicado veiculado na televisão estatal.
"O governo turco estabeleceu em seu solo escritórios militares onde agências
de inteligência israelenses, americanas, catarianas e sauditas dirigem os
terroristas na guerra contra o povo sírio", disse o comunicado.
O governo sírio também acusou a França e os Estados Unidos de enviar
equipamento de comunicação aos rebeldes.
Fontes norte-americanas dizem que o presidente Barack Obama assinou uma ordem
secreta autorizando o apoio dos EUA aos rebeldes que tentam depor Assad.
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