segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

49,6% confiam muito ou totalmente nas Forças Armadas, diz Ipea

Quase 80% dos entrevistados defendem participação em missões de paz.
Sondagem do Ipea foi realizada em 3.796 domicílios de 212 municípios.

Militares brasileiros em vistoria da missão de paz no Haiti, em outubro de 2010 (Foto: Divulgação/Ministério da Defesa)
Militares brasileiros em vistoria da missão de paz
no Haiti, chefiada pelo Brasil, em outubro de 2010
(Foto: Divulgação/Ministério da Defesa)
 
Pesquisa divulgada nesta quinta-feira (26) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que quase metade dos entrevistados - 49,6% - confiam "muito" ou "totalmente" nas Forças Armadas.  A pesquisa foi realizada em 3.796 domicílios em 212 municípios de todas as unidades da federação. A margem de erro da pesquisa é de cinco pontos percentuais.
Segundo a pesquisa, 32,3% confiam "razoavelmente" nas Forças Armadas e, 17,9%, "pouco" ou "nada". Quanto às percepções de acordo com o grau de escolaridade, a pesquisa aponta que quanto maior a escolaridade, menor é o grau de confiança nas Forças Armadas.
Quanto às faixas etárias, o grupo acima de 64 anos é o que apresenta maior percentual de confiança - 58,1%. O grupo de 35 a 44 anos tem o menor grau de confiança nas Forças Armadas - 43,7%.
Segundo a pesquisa, 68,3% dos entrevistados consideram "muito bom" ou "bom" o trabalho realizado pelas Forças Armadas; 23,5% consideram o trabalho "regular"; e 6,1% consideram "ruim" ou "muito ruim".
A pesquisa mostra ainda que 78,6% defendem a atuação do país em missões de paz
realizadas no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU). Para 20,1%, o Brasil não deveria participar de missões de paz em outros países.

 
Orgulho
A pesquisa indagou se haveria alguma relação entre a confiança do entrevistado e o orgulho que ele possui em ser brasileiro. Do total de entrevistados, 71,6% disseram ser extremamente ou muito orgulhosos por serem brasileiros, 18,3% razoavelmente orgulhosos e 9,9% pouco ou nada orgulhosos.
Os entrevistados que declararam possuir mais orgulho em ser brasileiros apresentaram um grau de confiança maior nas Forças Armadas. Dos que disseram ser extremamente orgulhosos por serem brasileiros, 62,2% confiam totalmente ou muito nas Forças Armadas, enquanto este percentual foi de 24,6% entre os nada orgulhosos.
Questionados sobre a importância das Forças Armadas, a maior parte dos entrevistados - 82,2% -  disse que elas são importantes para o país tanto na eventualidade de uma guerra como durante a paz. Para 13,1%, as Forças Armadas são importantes apenas no caso de uma guerra. E 3,9% disseram que as Forças Armadas "não são importantes em nenhuma situação".
Combate ao crime
Questionados sobre a função das Forças Armadas, a maioria dos entrevistados defendeu que elas se engajem no combate ao crime. Para 58,1%, as Forças Armadas devem combater a criminalidade em conjunto com as polícias.
Para 55,4%, as Forças Armadas devem defender o país em caso de guerra. A ajuda à população com serviços médicos e sociais em caso de desastres naturais foi apontada como função a ser cumprida pelas Forças Armadas por 49,7% dos entrevistados. O combate ao terrorismo foi apontado por 42,7% dos entrevistados e a participação em missões de paz por 34%.
Equipamentos
A percepção dos entrevistados no que diz respeito à qualidade dos equipamentos
militares empregados atualmente pelas Forças Armadas brasileiras é positiva: quase metade - 48,1% - dos entrevistados apontou como "muito bons" ou "bons" os equipamentos
militares. Os equipamentos são considerados "regulares" para 29%, e "ruins" ou "muito ruins" para 18,3%.
Sobre os gastos governamentais para aquisição de equipamentos militares, a maior parte dos entrevistados - 70,3% - defendeu mais investimentos, contra 22,8% que defenderam a manutenção do nível atual de gastos. Apenas 4,3% dos entrevistados apontaram a necessidade de redução dos gastos.

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