quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Dezenas de milhares participam de marcha eleitoral pró-Putin


Dezenas de milhares de pessoas estão concentradas nesta quinta-feira no centro de Moscou para participar de uma passeata a favor do candidato governista à Presidência russa, Vladimir Putin, por ocasião do Dia do Defensor da Pátria.
"Putin, nosso presidente", diz um dos cartazes trazidos por partidários do primeiro-ministro russo, o grande favorito à vitória nas eleições de 4 de março, segundo informam as agências russas.
O elevado número de pessoas provocou problemas em algumas das estações do metrô de Moscou, para onde a polícia enviou uma grande quantidade de agentes para garantir a ordem pública.
A manifestação percorrerá três quilômetros às margens do rio Moskva e, em seguida, os partidários de Putin se dirigirão ao estádio olímpico Luzhniki, onde já estão reunidas milhares de pessoas, para participar de um comício.
"Haverá ao menos 100 mil pessoas", afirmou o cineasta Stanislav Govorujin, coordenador da campanha de Putin.
A plataforma eleitoral de Putin --a Frente Popular de Toda Rússia-- espera que o próprio líder russo compareça ao comício no estádio olímpico, que deve ser o último grande evento em seu favor antes da votação.
No entanto, a imprensa voltou a denunciar que funcionários públicos e de empresas estatais foram obrigados a comparecer ao comício sob ameaça de represália ou demissão por parte de seus superiores.
Putin indicou na quarta-feira que a democracia não pode ser exportada a outros países, mas defendeu a continuação das reformas políticas para evitar que ocorra na Rússia uma revolução como a registrada na Líbia, Tunísia e Egito.
"Para que aqui não ocorra nada parecido, é preciso desenvolver as instituições democráticas para que o povo se sinta partícipe dos processos políticos", disse.
Segundo a última pesquisa do Centro de Estudos da Opinião Pública, Putin deve ganhar as eleições no primeiro turno com 58,6% dos votos.
A oposição não parlamentar advertiu que se nas presidenciais ocorrer mais uma vez a fraude observada das legislativas de dezembro passado, será lançada uma campanha de desobediência civil com protestos indefinidos

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