Presidente do PMDB, o senador Valdir Raupp
(RO), disse nesta terça-feira (17) que o partido discute uma fusão com seis
legendas. Ele não quis antecipar os nomes das siglas envolvidas nas negociações,
mas afirmou que as conversas serão aceleradas no fim das eleições municipais de
outubro e devem ser concluídas já em 2013.
"A possibilidade de fusão é praticamente real. Nós estamos conversando com
meia dúzia de partidos. Isso não quer dizer que a fusão será com os seis, talvez
sejam dois, três", disse.
O DEM é o partido com tratativas mais avançadas com o PMDB, mas o resultado
das urnas será decisivo para uma definição dos partidos sobre a fusão.
Raupp afirmou que há uma insatisfação generalizada com o número de partidos
no país. "Está havendo desconforto de vários partidos com essa pulverização de
partidos. Hoje são 30 partidos disputando eleições. Esse número é excessivo.
Estou sabendo que igrejas tão querendo criar novos partidos. Em 2014, podem
criar mais meia dúzia de partidos, vai virar uma torre de babel, com todo
respeito à democracia", disse.
Na avaliação do peemedebista, a fusão pode "fortalecer os partidos
políticos".
Eleições municipais
Segundo o presidente do PMDB, a meta do partido é eleger 1.200 prefeitos na
disputa de outubro. Dados do partido indicam que são 2.292 candidaturas de
peemedebistas a prefeituras, 1.700 de vice-prefeitos e 41 mil de vereadores.
Hoje, o partido lançou um novo site, com integração com redes sociais.
Raupp, inclusive, se licenciou hoje do mandato de senador por quatro meses
para se dedicar às eleições. Vai visitar Estados par acompanhar o
desenvolvimento das candidaturas.
Congresso
Sobre a eleição do futuro comando da Câmara e do Senado, ele disse que a
candidatura do líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), para a presidência
não corre risco e que no Senado a tendência é que o nome seja do PMDB. Ele não
quis falar os nomes dos possíveis candidatos.
O ministro Edison Lobão (Minas e Energia), que conta com simpatia da
presidente Dilma Rousseff, e o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL),
são cotados.
"Não é a primeira vez que o partido vai comandar Câmara e Senado e não vejo
nada demais PMDB voltar a ter as duas presidências."
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