domingo, 3 de junho de 2012

Supermercado suíço etiquetará produtos judeus em solo palestino

A rede de supermercados Migros, da Suíça, identificará, através de etiquetas, os produtos alimentícios procedentes das colônias judias nos territórios palestinos ocupados, uma decisão que já havia comunicado ao governo de seu país. "Foi uma decisão muito bem refletida, discutida no mais alto nível com a Secretaria de Estado para a Economia", declarou ao jornal Matin Dimanche o porta-voz da companhia, Martin Schläpfer.
A medida, que começará a ser aplicada em 2013, "respeita o dever legal de indicar a procedência dos produtos alimentícios", acrescentou. A principal razão alegada pela Migros para tomar a decisão de começar a etiquetar os produtos provenientes das colônias judias nos territórios palestinos foi o ajuste à posição da ONU e do governo suíço, que consideram que elas são ilegais do ponto de vista do Direito internacional.
A maneira como a empresa planeja fazer essa identificação é com a menção "zona de colonização israelense" nos produtos com origem na Cisjordânia ou Jerusalém Oriental. Entre os produtos das duas regiões que são comercializados nos mercados da rede estão frutas, ervas aromáticas e uma marca de máquina para gaseificar a água.
A Migros é a marca de maior valor na Suíça, e além de supermercados conta com uma ampla gama de atividades econômicas no setor de distribuição e serviços, entre as quais estão lojas de artigos esportivos, decoração, uma agência de viagens e um banco.
Após tomar conhecimento desta notícia, a embaixada de Israel na Suíça reagiu dizendo que a Migros era vítima de uma campanha anti-israelense que visa prejudicar a imagem do país e prejulga o futuro status dos territórios em questão. A companhia respondeu invocando o princípio de transparência, de modo que seus clientes possam realizar uma livre escolha de maneira informada.

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