O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tentou nesta segunda-feira
capitalizar sua decisão de apoiar o casamento homossexual, ao comparar sua
atitude frente ao tema com a do virtual candidato republicano Mitt Romney diante
de uma audiência gay. No entanto, o presidente negou-se a afirmar se estaria
disposto a conduzir pessoalmente a luta a favor da derrubada da lei que limita o
casamento a casais heterossexuais.
Nesse ponto, a campanha eleitoral "vai ser muito contrastante", disse Obama
em uma entrevista ao canal de televisão ABC, que poderá ser vista em sua
totalidade na terça-feira. "Aí está o governador Romney dizendo que não pode
haver casamentos entre pessoas do mesmo sexo", afirmou Obama.
O líder republicano ratificou no sábado sua oposição à legalização do
casamento entre homossexuais, uma posição dividida por uma grande porção do
eleitorado conservador americano. "O casamento institui uma relação entre um
homem e uma mulher", afirmou. Obama concedeu a entrevista em Nova York antes de
um evento de arrecadação de fundos organizado pelo Conselho diretivo de LGBT,
que promove os direitos dos gays, lésbicas, bissexuais e transexuais, e foi
apresentado pelo cantor porto-riquenho Ricky Martin.
"Nunca nos equivocamos quando ampliamos os direitos e as responsabilidades
das pessoas", disse o presidente ao tomar a palavra em meio a aplausos. Martin
disse por sua vez que admirava o valor de Obama ao se tornar na semana passada o
primeiro presidente americano a afirmar publicamente que defende o direito ao
casamento de pessoas do mesmo sexo. A revista Newsweek publicou em sua
capa desta semana uma foto de Obama com uma auréola angelical com as cores do
arco-íris (cores símbolo da comunidade gay), e a manchete com a frase: "o
primeiro presidente gay".
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