Fontes do Golfo disseram que o encontro foi destinado principalmente a
preparar o cenário para uma união mais estreita entre o Barein e a Arábia
Saudita, que estão preocupados com o descontentamento entre seus súditos xiitas
contra as dinastias sunitas.
Os países do Golfo Árabe acusam o Irã, o poder xiita que está buscando
ampliar sua influência na região, de fomentar a agitação -uma acusação que o Irã
nega.
Eles também estão preocupados que um impasse internacional sobre o programa
nuclear do Irã poderia provocar um conflito armado que possa colocá-los
despreparados em um confronto com um vizinho mais poderoso.
"A cúpula vai discutir todos os pontos, incluindo os pontos de união", disse
o ministro das Relações Exteriores do Barein, Khalid bin Ahmed Al Khalifa, após
conversações preparatórias em Riad no domingo.
O ministro da Informação do Barein, Samira Rajab, afirmou no domingo que
espera que "haja um anúncio de dois ou três países". "Nós não podemos ter
certeza, mas eu tenho uma forte expectativa."
O pequeno Estado-ilha, que, como outros países do Golfo, é governado por uma
dinastia sunita pró-EUA, tem sido sacudido por uma revolta entre a maioria xiita
há mais de um ano, depois de reprimi-la temporariamente em março de 2011 com a
ajuda das tropas sauditas.
A Quinta Frota da Marinha dos EUA, que patrulha as águas do Golfo e rotas
importantes de transporte de petróleo, também fica baseada no Barein.
Os países do Golfo Árabe já estão ligados militarmente, politicamente e
economicamente sob o Conselho de Cooperação do Golfo (GCC). Mas a união
atualmente em discussão se destina a capacitar um país para vir em auxílio de
outro se ele se sentir ameaçado, como aconteceu no Barein.
Analistas dizem que, unindo-se com o Barein, a Arábia Saudita iria ganhar
mais controle sobre a segurança de seu vizinho pequeno e enviaria uma mensagem
de união árabe sunita para o Irã
Nenhum comentário:
Postar um comentário