A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), assumiu nesta
quarta-feira a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Primeira mulher
a ocupar o cargo em 67 anos da corte, ela será responsável por comandar a
Justiça Eleitoral durante as eleições para prefeitos e vereadores em outubro
deste ano. O mandato dela vai até novembro de 2013.
Em uma fala rápida, Cármen Lúcia dividiu seu discurso em três pontos. O
primeiro foi relacionado aos problemas da Justiça. Segundo a ministra, a
morosidade do Judiciário atinge principalmente os cidadãos mais humildes. "Somos
juízes. Fazemos Direito, não fazemos milagre. O problema da Justiça não prestada
não é nossa culpa, mas é sim nossa responsabilidade. Mudar esse quadro é o
desafio que se impõe. É nosso empenho, nosso compromisso. Essa tarefa esbarra
nos limites do humano, mas tenha certeza o cidadão brasileiro que as
imperfeições deste trabalho não resultam de descuido, mas de limitações que
buscaremos ultrapassar a todo momento", disse.
O segundo ponto do discurso foi direcionado à imprensa, a qual Cármen Lúcia
definiu como parceira do Judiciário "na concretização da Justiça". "Não há
eleições seguras e honestas sem a ação livre, presente e vigilante da imprensa",
afirmou. O último aspecto abordado pela ministra foram as eleições deste ano.
Cármen Lúcia lembrou que será a primeira vez que a lei da Ficha Limpa, que
proíbe a candidatura de políticos condenados por colegiados da Justiça ou que
tenham renunciado, valerá integralmente, mas, segundo a presidente do TSE,
"nenhuma lei do mundo substitui a honestidade, a responsabilidade e o
comprometimento do cidadão".
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