quarta-feira, 4 de abril de 2012

Comissão pede abertura de investigação contra Bolsonaro

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Domingos Dutra (PT-MA), e deputados da comissão pediram nesta quarta-feira (4) a abertura de processo disciplinar por quebra de decoro parlamentar contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). Segundo Dutra, na terça-feira, durante sessão reservada em que integrantes da Comissão Parlamentar Memória, Verdade e Justiça, - uma comissão que irá funcionar paralelamente à Comissão da Verdade - ouviam ex-integrantes do Exército Brasileira, envolvidos na Guerrilha do Araguaia, quando, indignado, Bolsonaro entrou e começou a criticar a sessão. Marco Maia afirmou que encaminhará o pedido à Corregedoria da Casa.
Além de gritar e protestar, segundo os integrantes da comissão, Bolsonaro tirou fotos dos depoentes. O secretário da comissão, Márcio Araújo, alertou Bolsonaro que se tratava de pessoas sofrendo ameaças de morte e que não era permitida fotografia. Bolsonaro, então, teria dito ao secretário: "a conversa não chegou ao chiqueiro".
"Bolsonaro ameaçou os depoentes, tirou fotos para tentar intimidade e tentou obstruir os trabalhos da sessão. Além disso gritou e ofendeu o secretário da comissão. Vamos pedir ao presidente da Câmara abertura de procedimento disciplinar contra ele. A sessão foi reservada porque as pessoas ouvidas estão recebendo ameaças de morte", disse Dutra.
O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) também protestou: "Nenhum de nós temos mandato para ofender as pessoas dessa forma. Ele interrompeu uma sessão que estava sendo realizada, obstruiu os trabalhos. É preciso tomar atitude, não podemos ficar só nesse folclore do Bolsonaro. Numa democracia podemos até ter pessoas fascistas, mas têm que estar despidos de atitudes de violência. Bolsonarto instiga a violência."

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