Estudantes de escolas estaduais de ensino do Paraná ficaram
sem aulas nesta quinta-feira (26) por causa do dia de paralisação dos
professores. De acordo com a presidente do APP-Sindicato, Marlei Fernandes de
Carvalho, as atividades serão retomadas normalmente nesta sexta-feira (27).
Aproximadamente 300 professores estavam concentrados em frente ao
Palácio Iguaçu, no Centro Cívico, por volta
das 9h15, para um ato pedindo melhorias para a categoria.
A manifestação reuniu outros servidores estaduais, além de professores, e
terminou às 13h. De acordo com Marlei, o protesto também foi feito em Maringá,
Londrina, Cascavel, Apucarana, Toledo e Foz do Iguaçu.
A Secretaria de Estado da Educação (Seed) informou que não tinha balanço de
quantos alunos ficaram sem aulas nesta quinta-feira.
Por volta das 9h30, os professores se reuniram com o Secretário da
Administração, Luiz Eduardo Sebastiani, para discutir sobre o salário piso,
pagamento de atrasados e atendimento de saúde. O grupo irá se reunir novamente
no dia 15 de maio para que o governo apresente as propostas para a categoria.
Às 11h, os servidores participaram de uma reunião com a Superintendente da
Educação, Meroujy Cavet. Também foi marcado um encontro com o Secretário da
Educação, Flávio Arns, para o dia 2 de maio, às 14h.
Reivindicações
“Uma das principais reivindicações é para que o piso nacional seja pago
integralmente do Paraná”, afirmou Marlei. Os professores almejam também que um
terço do tempo de trabalho possa ser utilizado na preparação e pesquisa para a
elaboração das aulas.
Para os demais funcionários das escolas, o pedido é de reajuste salarial de 14,13%. Outro pedido é para que haja melhorias no atendimento de saúde de todos os profissionais.
Para os demais funcionários das escolas, o pedido é de reajuste salarial de 14,13%. Outro pedido é para que haja melhorias no atendimento de saúde de todos os profissionais.
Outro lado
A Secretaria de Estado da Educação (Seed) divulgou nota oficial por meio do
site da instituição afirmando que as negociações com a categoria resultaram “em
aumento dado a todos os servidores em maio de 2011, de 6,5%, mais um aumento de
5,91%, totalizando um acréscimo de 12,79% aos vencimentos dos salários dos
professores no ano passado. Outro avanço na valorização dos profissionais da
educação foi o chamamento e a contratação até o momento, nesta gestão, de 19.573
profissionais concursados. Somente no início deste ano, foram nomeados, 11.563
professores aprovados em concurso público para a rede estadual de ensino”.
A omissão do Estado em zelar pela educação, que é seu dever, conforme artigo 6º da CF/88, obriga a nobre classe dos professores, que é a guia do futuro do País, a saírem nas ruas, deixando as salas de aulas, em busca de melhores salários. A falta de comprometimento efetivo com a educação vem a esvaziar as salas de aula, pois os docentes são obrigados a buscar na voz das ruas exatamente aquilo que deveria ser um compromisso do Estado. Acorda, Brasil!
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