terça-feira, 3 de abril de 2012

DEM abre processo de expulsão de Demóstenes Torres

O DEM decidiu, nesta segunda-feira (2), abrir o processo de expulsão do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) por "reiterados desvios éticos". O partido entende que Demóstenes já teve prazo suficiente para se manifestar e não o fez. Ele não apareceu na reunião desta segunda, quando daria explicação aos líderes do partido. Por isso, a partir desta terça-feira (3) o parlamentar terá o período de uma semana para se defender perante a legenda e, depois de cumprido esse prazo, será dado o veredicto, provavelmente no dia 12.
A abertura do processo de expulsão do partido foi decidida depois de reunião realizada nesta segunda na casa do presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN). Estavam presentes os deputados Antônio Carlos Magalhães Neto (BA) e Ronaldo Caiado (GO), além do vice-governador de Goiás, José Eliton. Demóstenes foi flagrado em grampos telefônicos defendendo interesses do empresário do ramo dos jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Demóstenes apenas telefonou para Ronaldo Caiado dizendo que precisaria de mais tempo para esclarecer as denúncias. "Ele não veio, disse que precisava de mais tempo. E agora o partido vai notificá-lo por ofício amanhã (terça) sobre a abertura do processo de expulsão", afirmou ACM Neto, líder do DEM na Câmara.
Ele disse que Demóstenes terá uma semana para se defender formalmente e que no próximo dia 12 a Executiva do partido se reunirá para tomar a decisão, que deve ser pela expulsão do parlamentar.
O deputado disse que "nesse momento" ainda não está em discussão a possibilidade do DEM requerer o mandato do parlamentar, caso ele seja expulso da legenda.
O partido também não deve trabalhar para impedir a abertura do processo no Conselho de Ética do Senado, já pedido pelo PSOL, que pode determinar a cassação do mandato de Demóstenes.
Até a semana passada, o partido e o parlamentar ainda cogitavam a hipótese de evitar um processo político, posição que ficou insustentável depois de novas denúncias serem publicadas pela mídia e do pedido de investigação feito pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
Demóstenes renunciou ao cargo de líder da bancada do partido no Senado e era um dos senadores mais combativos da oposição, com atuação focada na bandeira da ética.

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