O percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso ficou em 23% no mês
de abril, o maior patamar desde setembro do ano passado (24,3%). Em fevereiro,
tinha sido 21,8%. Já na comparação com o mesmo período de 2011, houve leve
queda.
Os dados fazem parte de pesquisa divulgada nesta quinta-feira (19) pela CNC
(Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).
"As famílias com dívidas em atraso vem crescendo apesar de haver um queda no total de endividados, o que mostra que as pessoas estão com dívidas altas", afirma a economista da CNC Marianne Hanson.
"As famílias com dívidas em atraso vem crescendo apesar de haver um queda no total de endividados, o que mostra que as pessoas estão com dívidas altas", afirma a economista da CNC Marianne Hanson.
A pesquisa confirma que isso vem ocorrendo. A parcela de famílias que relatou
possuir dívidas (não necessariamente em atraso) recuou em abril, alcançando
56,8%, ante 57,8% em março e 62,6% no mesmo mês do ano anterior. O levantamento
considera débitos de cheque pré-datado, cartão de crédito, carnê de loja,
empréstimo pessoal, prestação de carro e seguros.
O percentual de famílias que declarou não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso apresentou ligeiro aumento entre os meses de abril e março.
O percentual de famílias que declarou não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso apresentou ligeiro aumento entre os meses de abril e março.
Neste mês, 6,9% das famílias declarou não ter condições de pagar seus
débitos, ante 6,7% em março e 7,8% em abril de 2011.
Entre as famílias com contas ou dívidas em atraso, o tempo médio de atraso
foi de 59,6 dias em abril, superior aos 58,8 dias do mesmo mês do ano
passado.
O cartão de crédito - rotativo ou compra parcelada - foi apontado como um dos principais tipos de dívida por 73,7% das famílias endividadas, seguido por carnês, para 19,1% e, em terceiro, o crédito pessoal, para 12,4%.
O cartão de crédito - rotativo ou compra parcelada - foi apontado como um dos principais tipos de dívida por 73,7% das famílias endividadas, seguido por carnês, para 19,1% e, em terceiro, o crédito pessoal, para 12,4%.
A pesquisa foi realizada em todas as capitais dos Estados e no Distrito
Federal com cerca de 18 mil consumidores.
O consumo interno descomedido pode atingir a inadimplência, contudo, os fatores que a desencadearam poderão ser oriundos dos reflexos da economia externa; esse pode ser um fato previsível,considerando-se as matérias de consumo (investimento, comestíveis, vestuários, conforto, lazer, luxúria etc.). Porém, a economia se envolve no consumo e o seu crescimento está pautado na rotatividade consumerista, e assim, diante da crise econômica européia e até da América, o consumo como mecanismo ativo da economia pode resultar em dívidas, isto quando não se tem os cuidados necessários para "driblar" o achaque cometido pelas operadoras de cartões de crédito e demais linhas de crédito.Esse apontamento pode ser, também, uma prévia, inspirando cuidados ao Brasil sobre a crise econômica que poderá estar se aproximando...
ResponderExcluir