O ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, reuniu-se nesta quinta-feira com
seu colega americano, Leon Panetta, pela segunda vez em um mês no Pentágono,
para falar da "vantagem militar qualitativa de Israel" e sobre o apoio americano
para garantir a superioridade do aliado em relação a seus vizinhos. O Pentágono
informou que as duas autoridades também dialogaram sobre outras questões como os
conflitos diplomáticos com o Irã, a crise na Síria e a Primavera Árabe.
Washington tenta tranquilizar Israel sobre sua vontade de impedir que o Irã
detenha uma arma atômica e de convencer o país a privilegiar as sanções e a
diplomacia antes dos ataques a instalações nucleares iranianas, sobre os quais
Tel Aviv dá sinais ambíguos. O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou na
quarta-feira que "as pessoas que se negam a ver a ameaça iraniana não aprenderam
nada do Holocausto". Segundo ele, elas "têm medo de dizer a verdade, que hoje,
como então (durante a Segunda Guerra Mundial), há pessoas que querem aniquilar
milhões de judeus".
O Irã manteve no último sábado pela primeira vez em 15 meses conversas com as
grandes potências do 5+1 (os cinco países do Conselho de Segurança da ONU mais a
Alemanha), em Istambul, e os sete países concordaram em voltar a se reunir em 23
de maio em Bagdá. O ministro de Relações Exteriores do Irã, Ali Akbar Salehi,
disse no fim dessas reuniões que qualquer disputa poderia ser resolvida
rapidamente se o Ocidente mostrasse boa vontade e levantasse as sanções contra
Teerã. Os Estados Unidos ameaçam com sanções qualquer país que compre petróleo
do Irã, que por sua vez alega que seu programa nuclear tem fins pacíficos.
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